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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Capítulo XVI

As semanas passavam rápido. Tudo e todo momento era desculpa para Joyce e Lisa se encontrarem. Se antes eram unidas, agora praticamente não se desgrudavam. As duas esperavam ansiosas qualquer oportunidade para se beijar, abraçar, ficar juntas. A descoberta desse amor, dessa paixão pelo corpo feminino as encantava e, a cada dia mais, elas sentiam grande necessidade de ficar juntas. Lisa se tornara presença constante, praticamente diária na casa de Jô que também sempre que podia estava na casa da loira com Mariana nos braços. Mas um pensamento não deixava Lisa em paz. O autocontrole de Joyce ao tocá-la. Ela era sempre controlada... Bem quase sempre, mas na hora H ela respirava fundo e... Não terminava. Tirava as mãos e ia com a boca. Isso frustrava Lisa profundamente e ela estava decidida que hoje elas teriam um papo definitivo.
A campainha tocou e Lisa foi calmamente atender. Seus pais haviam saído para um sítio de parentes e os irmãos tinham ido acampar. Ela estava só.
- Bom dia, Li – disse Joyce sorridente. Sorriso este que morreu ao ver o corpo de Lisa coberto apenas com um roupão vermelho.
- Oi, Jô. Uai cadê Mari?
- Mariana, Li, Mariana! Deixei ela com a mãe. Vão umas amigas dela lá em casa e ela quer exibir a neta - respondeu rindo.
- Hum, sei... e que olhar safado é esse?
- Um olhar de tesão, de desejo - disse Jô assim que fechou a porta. Imediatamente, agarrou Lisa e a beijou cheia de vontade. Suas mãos desceram rapidamente para as nádegas da loira e as apertaram. Lisa retribui o beijo erguendo uma de suas pernas e enlaçando Jô com ela. Empurraram-se para o sofá, onde caíram juntas.
- Jô... Jô... me faz sua...
- Hum... Li... ai adoro você. – Jô abriu o roupão e expôs toda a nudez da loira. Contemplou-a por alguns minutos. Nunca se cansava de olhar o corpo maravilhoso. Ela era simplesmente divina. Passou as mãos pelos seios e, em seguida, as deslizou pela cintura esbelta. – Ai, sou encantada com sua cinturinha, amor – disse mordendo a pele amada. Lisa se entregou totalmente às carícias, segurando a cabeça de Jô ao encontro de seu corpo. Gemeu enlouquecida com o toque cada vez mais seguro de Jô e estremecia a cada palavra que era pronuncia em seu ouvido. Suas mãos buscavam tirar a roupa de Jô que sorrindo se ergueu e ficou à frente de Lisa.
- Quer me ver nua, é? - Debochou.
- Tira Jô. - Lisa pediu se erguendo um pouco do sofá.
- Humm... Deixa-me pensar se você merece. – A morena pôs os dedos no queixo e olhou para cima, como a ver se ia ou não tirar a roupa para sua loirinha.
- Para, Joyce! Venha aqui. – Lisa tentou puxá-la para si, mas a morena se desviou. Ao notar que Lisa começava a se estressar, baixou lentamente a alça do vestidinho de verão que usava, expondo o seio direito. Estava sem sutiã. Segurou-a com os dedos e balançou o corpo numa dança leve.
- Vai ficar aí, isso sim, nesse sofá, nuazinha e quietinha senão não acabo de tirar, entendeu?
Lisa engoliu em seco e, quieta e profundamente excitada, observou Jô dançar sensualmente em sua frente, tirando lentamente o vestido até que ele cai ao chão. Ergueu as mãos para puxá-la para si, mas recebeu um tapinha na mão.
- Não me toque. Está proibida de me tocar entendeu? Joyce tirou lentamente a calcinha vermelha de renda que usava e então, sensualmente, se sentou de pernas abertas sobre Lisa. Esfregou-se nela mostrando toda sua excitação e começou a movimentar ritmadamente o quadril. Lisa gemeu e jogou a cabeça para trás. Joyce, então, lhe ergueu a perna e encaixou seu sexo no dela, começando a se mexer com maior rapidez. Juntas se entregam a mais uma nova expressão de amor físico. Gemiam cada vez mais audaciosas e insaciáveis, até gritarem satisfeitas num orgasmo pleno e arrebatador. Jô se deixou cair sobre Lisa que a abraçava. Sentiu, após alguns segundos, a loira se mexer embaixo dela e se colocou de lado no sofá. Observou então Lisa se levantar e recolher as roupas, caminhando silenciosa até seu quarto. Intrigada foi atrás da loira.
- Li... tá tudo bem? - pergunta se sentando ao lado da outra na cama. Um silêncio imperou no quarto. Joyce aguardou silenciosa Lisa falar. Até que a loira virou-se para ela.
- Jô... – a olhava firme nos olhos – quero que você me toque Jô.
Joyce a olhava meio desconcertada.
- A toque, Li? Mas... Eu faço isso! – Parecia não entender bem onde Lisa queria chegar.
- Não, Jô... Quero que você me toque – pegou a mão da morena e a levou a seu sexo – aqui... Joyce estremeceu.
- Mas Li eu... eu toco – baixou a cabeça e seus longos cabelos negros esconderam a face nervosa. Já sabia onde Lisa queria chegar.
- Jô... – forçou os dedos da morena na abertura de seu sexo – quero que me penetre Jô... me faça totalmente sua... Jô quero você dentro de mim!
- Meu Deus, Lisa você... você é virgem!! Eu... eu não posso – disse a morena tirando a mão, nervosa. Lisa estava lhe oferecendo o que ela há dias desejava e se ela insistisse mais um pouco sabia que não conseguiria se controlar.
- Para, Jô... PÁRA. Meu Deus, o que é virgindade pra você? Uma membraninha idiota que tenho na entrada da minha... minha... Joyce começou a rir. Lisa sempre engasgava quando ia citar o órgão sexual feminino.
- Sua... sua... xaninha? - Disse erguendo as sobrancelhas e a olhando meio irônica.
- Ah, cala Jô. Você entendeu! Eu não me considero mais virgem. Caraça, olha tudo que fizemos, as formas que nos amamos. Uma membraninha na minha... minha... é isso que disse, não é o que vai determinar a minha inocência. Além do mais, Jô... – segurou o rosto da morena entre suas mãos – É de você que quero lembrar sempre neste momento. Por favor... me faça sua! Totalmente. Por favor.
Joyce praticamente já não escutava as palavras de Lisa. O controle que se obrigara a ter por semanas se dissolvia numa ânsia enlouquecida de possuir a loira totalmente. Sem nenhuma delicadeza, empurrou Lisa sobre a cama até se colocar sobre ela. Começa a beijá-la por todo o corpo, hora mordendo, hora chupando, sem se preocupar se iria ou não deixar marcas no corpo delicado. Sugou com força os seios claros para depois beijá-los, lambê-los. Lisa lhe acompanhava a loucura, abraçando e arranhando suas costas. As duas se descontrolaram como nunca antes o fizeram. A morena desceu a boca sobre o corpo já todo marcado e aspirou deliciada o cheiro de sua loirinha, antes de lamber embevecida todo o seu sexo. Lisa arqueou o corpo e gemeu profundamente. Joyce se acomodou melhor sobre a cama, abriu-lhe mais as pernas e começou a chupá-la fortemente, sem nenhum controle. Lisa, longe de temer pela falta de controle da morena, sentia sua excitação ir às alturas e sentia os tremores tomarem conta de seu corpo. Quando notou que o orgasmo estava perto, arqueou as pernas, pedindo mais.
- Jôo – gemeu rouca – me faz sua... me faz sua. - Neste momento sentiu a morena forçar os dedos para dentro de si. Segurou-lhe a mão fortemente e juntas penetram-lhe o corpo. Joyce gemeu e sentiu tanto prazer que gozou ali mesmo, apenas com a sensação de estar dentro de sua loirinha. E Lisa gritou enlouquecida, orgasmo e dor se misturaram num prazer indescritível. As duas se deixaram ficar ali, quietas numa exaustão tanto física quanto emocional. Lisa finalmente abriu os olhos e sorriu feliz. Segurou os longos cabelos de Jô e puxou- delicadamente para si, enquanto sentia que a morena retirava lentamente os dedos de dentro dela. Viu Jô olhando um pouco assustada para seus dedos, quando percebeu o sangue que havia neles.
- Li... ai Li... tá doendo? – olhava preocupada – Eu... eu descontrolei, desculpe – abaixou a cabeça meio perdida, constrangida.
- Jô... Jô olha pra mim. – Lisa tentou lhe erguer o rosto. – Jô, olha pra mim.
Quando finalmente Joyce ergueu os olhos para ela, Lisa sorriu.
- Foi maravilhoso, Jô. Eu adorei cada minuto. Obrigada, amor – disse a beijando com carinho.
As duas abraçaram-se, desta vez sem paixão. O carinho tomou conta de seus gestos e então Joyce, em silêncio, começou a chorar baixinho. Lisa com todo o amor liberto de seu coração beijava-lhe repetidamente o rosto sussurrando baixinho. - Te amo, Jô! Te amo, te amo, te amo...

 “O amor não se define; sente-se."

Capítulo XV

Lisa abriu os olhos lentamente. Meio desnorteada não conseguiu, de imediato, perceber onde se encontrava. Ainda despertando, sentiu um peso em sua cintura e, virando a cabeça, viu Jô colada às suas costas, num abraço estreito e possessivo, apertando sua cintura. Sentiu então um arrepio por todo o corpo, relembrando tudo que fizerem uma com a outra. Voltou a cabeça novamente e pegou o despertador, na cabeceira da cama. Quatro horas da manhã! “Uau, nós perdemos mesmo noção do tempo”. Voltou o despertador ao seu lugar e deixou escapar um suspiro profundo. Virou-se lentamente para não despertar Jô, afastou com delicadeza seus cabelos do rosto, observando enlevada seu respirar tranquilo, satisfeito. Sua expressão estava suave, a boca ligeiramente aberta, um pouco inchada pelos sucessivos beijos trocados pelas duas. “Nossa, aquilo foi tudo de bom!” Ela não conseguia ainda assimilar tudo que acontecera entre elas, porém se sentia maravilhosamente satisfeita, plena, realizada. Jô fora tão carinhosa, tão... tão tudo com ela. Sabia como a amiga era imediatista, ansiosa, até meio brusca, mas com ela fora tão carinhosa que sentia seus olhos se encherem de lágrimas só de lembrar seus momentos juntas. Fora tanta entrega, tanta paixão e amor que não havia como se arrepender de nenhum segundo vivido. “Preciso ir ao banheiro”.
Tentou se levantar, mas Jô estreitou o abraço como que com medo que ela sumisse de seus braços. Lisa deslizou pela cama, erguendo com dificuldade o braço da morena, que acabou se virando de frente entre resmungos, ainda dormindo. Já em pé, olhou para Jô, deitada de costas, o lençol cobrindo-a até a cintura. Sentiu novamente nascer dentro de si um desejo de tomá-la em seus braços e fazê-la mais uma vez sua. “Lisa, juízo! Que coisa! Deixe-a descansar!” Desviou com dificuldade os olhos daquele monumento moreno e correu para o banheiro onde decidiu tomar um banho rápido. Deixou seu corpo dolorido pelas horas de amor praticado por elas, relaxar sob a água quente e, então, suspirou sonhadora. “Que sonho, meu Deus! Se for mesmo um sonho não me deixa acordar”. Depois de vários minutos, ensaboou todo o corpo. Estava tão entretida nesse ritual que soltou um pequeno grito de susto ao ver o box se abrir de repente.
- Ora, ora! Nem me chama pro banho, né – Jô apareceu esplendorosa, em toda sua nudez. Cruzou os braços sobre os seios fartos e desceu o olhar faminto para a nudez de Lisa. - Quem deixou você sair da cama sem minha permissão?
- Ai, Jô... Tava louca por um banho. Desculpe, tentei ao máximo não acordá-la.
- Hum... – Jô entrou no chuveiro e fechou o box. - na verdade senti falta de seu corpo no meu, Li. - tomou o sabonete da loira e começa ela mesma a passá-lo pelo delicado corpo. - Li... Acho que nunca vou cansar de olhar você. É tão linda.
- Jô... humm... – estremece quando Jô passa a mão levemente por seus seios.
- Gostoso amor? Quer mais?
Já era de manhã quando Joyce despertou. Sorriu feliz, apertando mais o corpo de uma Lisa adormecida para si. Já não sabia dizer quantas vezes se amaram. Todas ma-ra-vi-lho-sas. Pôs o nariz no pescoço de Lisa e aspirou deliciada seu cheiro. “Minha toda minha!”. Franziu ligeiramente a testa ao lembrar-se de Fred, o raquítico. Será que Lisa realmente o encontrara? Não importava, dali em diante ela seria apenas sua. Estreitou o abraço, fechou os olhos e não conseguiu deixar de pensar em tudo que acontecera. O rosto de Lisa quando estava tomada pelo prazer era algo inesquecível. Mentalizou cada momento, cada beijo, cada carícia trocada e suspirou satisfeita. “Como a vida com Lisa é rica! Em todas as suas formas”. Sorriu feliz e mordeu levemente a nuca da loira, que soltou um curto gemido, mas não acordou. Além da amizade tinha agora o amor. Riu abobada. “Eita pacote dois em um! Sou uma garota de sorte!!”
As duas passaram a tarde entre beijos, brincadeiras e descobertas. Estavam entretidas num beijo delicioso no sofá da sala quando ouviram o barulho do portão.
- É minha mãe e Mariana – Jô disse enquanto arrumava a blusa que Lisa erguera. Lisa também, na pressa, se punha decente e levanta para receber Lúcia e Mariana.
- Heiiiiii!!!! Lindinha da mamãeeeee!! Que saudade! – Jô pegou a menina nos braços e deu vários beijinhos em seu lindo rosto – Aiii não vou mais deixar você longe de mim! – Olhou para sua mãe, deu-lhe um sorriso e um beijo no rosto – Oi mãe.
- Olá, Jô. Descansou? - Disse retribuindo o beijo – Olá, Lisa
- Olá, Lúcia tudo bem, né? - Voltou o olhar para Mariana - Nossa, que saudade de você, Mari - disse se aproximando da criança nos braços de Jô, dando-lhe um beijo suave. Mariana imediatamente jogou os braços para frente, pedindo o colo de Lisa.
- Heiiiii – reclamou uma Jô indignada – a mamãe sou eu, sua danada. Não sentiu minha falta?? – disse rindo, deixando-a ir para o colo de Lisa.
- Li vou ajudar mamãe lá na cozinha, tá?
- Tá bom, Jô – respondeu Lisa, entretida com a criança em seu colo. Sentou-se no sofá e começou a brincar com Mari, que ria muito de suas gracinhas. - Ah Mari... Que olhos hem, Mari? Quantos corações vai quebrar tendo essa carinha linda, igual a da mamãe e esse verdão ofuscante. – disse sorrindo.
A menina sorriu e pulou em suas pernas, como a pedir mais e mais atenção. Lisa nunca se cansava de estar com Mariana. Sentia tanta alegria com ela que nem sentia o tempo passar. Tomou um susto quando sentiu mãos enlaçarem sua cintura e um beijo leve na nuca.
- Nossa como está distraída! – brincou Jô, rindo
- Jô! Que susto! Tava mesmo – olhou para os lados - Uai, cadê sua mãe?
- Ehh Li, ela já passou aqui e agora foi pro banho. Nossa, mas a Mariana tem o dom de te desligar do mundo, hein.
- Ahh, Jô – disse meio sem graça por não ter notado mesmo a aproximação de Jô - Mas olha que coisa gostosa ela é - falou fazendo caretas para a criança que soltou mais e mais gargalhadas.
- Gostosa igual à mãe? – Jô falou insinuante, com um olhar safado para Lisa, que foi totalmente retribuído.
- Hum... Menos Jô... menos... – disse aproximando os lábios de Jô que se afastou de rompante
- Liii olha a Mariana!
- Que isso, Jô, ela ainda nem entende isso.
- Ah, não! Nem pensar, na frente dela, não.
- Chata – Lisa lhe mostrou a língua.
- Boba.
- Feia.
- Gostosa.
- Saborosa.
- Tesuda.
- Jooo!!! Que horror – disse Lisa caindo na gargalhada.
- Quem manda provocar - Jô ria, fazendo-lhe cócegas, as três caíram no sofá, cheias de brincadeiras. Lisa teve a nítida impressão que nunca um dia passara tão rápido. Foi tristonha que se despediu de Lúcia, Mari e Jô – esta, com uma olhar mais que especial - e fez o caminho de volta para casa.
- Olha só!! Voltou a margarida – o pai a esperava sentado no sofá, com o braço enlaçado em sua mãe.
- Oi pai, oi mãe. E ai como foram as férias sem mim? - disse rindo e se jogando entre eles, no sofá. - Aiiiiii, eu tô tão felizzz!!!!!!!!
- Nossa senhora! – Marcos olhou a esposa – Muiéé tira esse peso de meu colo. Paula riu e abraçou a filha.
- Fizeram as pazes, você e Jô, Lisa?
- Ah? Sim mãe, fizemos. Foi um fim de semana muito... legal. -”Divino, estupendo, maravilhoso, extasiante, tudo, tudooooo”, pensou sonhadora. Levantou-se de um salto.
- Vou estudar. Esqueci que tinha um trabalho pra fazer. Beijo pai, beijo mãe.
Os pais a observaram ir para o quarto e se entreolham, cada um com seus pensamentos. Marcos rindo da alegria da filha, Paula pensativa. Nunca a filha lhe parecera tão inconstante nas atitudes como nos últimos tempos.
 Deitada na cama, Jô não conseguia parar de pensar nos momentos com Lisa. Tudo estava tão perfeito que tinha medo de dormir e ver que era irreal. Acariciou o lençol com a palma da mão e sorriu enlevada. Após um tempo, foi ao quarto de Mariana e viu que ela adormecera. “Ai Mariana, sua mamãe tá boba, uma apaixonada boba”. Voltou ao próprio quarto e novamente se deitou na cama. Tudo que queria era sonhar... sonhar... sonhar...

- AIIIIIIII!!! Esqueciii! Meu Deus, o trabalho! – Jô levou as mãos à cabeça, desesperada – Lisa, sua merdinha, você não me avisou!!!!
- Pô, Jô só lembrei ontem à noite. Como ia saber que você esqueceu?
- Ahh, sei!? Você não sabia! Nossa, que inocente você é! – Lançou um olhar mortal para a loira. – Me passa essa coisa ai logo, vou tentar copiar. – disse tomando o trabalho da mão da outra.
- Ai tá, mas vê se muda alguma coisa viu.
- Viu, viu, arreeee que droga!!!! – saiu correndo em direção à biblioteca. – Não vou pro primeiro horário!!
Lisa caminhou meio que rindo para a sala. “Achei mesmo que as coisas iriam mudar?” Joyce nunca mudaria. Para sempre seria esta, meio mulher meio criança inconsequente que tanto a fascinava. Durante todo o dia custaram a disfarçar os olhares maliciosos e insinuantes que lançavam uma para a outra. Ninguém reparava, mas Lisa se deu conta que, se antes tocava Jô naturalmente nas aulas, agora esta parecia inibida com os mesmos toques. No recreio evitou lhe dar as mãos, coisa que antes fazia sem receio.
- Jô, que tem dar as mãos? – diz baixinho
- Ahh, Li e se alguém notar? – retrucou olhando discretamente para os lados.
- Arre, Jô! Nós fazemos isto desde o jardim de infância!
- Tá, mas agora é diferente, sei lá! - jogou os longos cabelos para trás – É diferente.
Lisa ficou emburrada e se encostou à parede da cantina, cruzando os braços.
- Lisaaa! Tava te procurando gata! – Ambas viraram os olhos em direção ao chamado. Fred vinha sorrindo de orelha a orelha em sua direção. Estava bonito. Era magro, mas não raquítico como Jô adorava ressaltar. Enfim, um lindo adolescente caminhando para a beleza da idade adulta. Lisa sorriu meio sem graça e, diante do olhar furioso de Joyce, trocou três demorados beijinhos com o rapaz
- Oi Fred, tudo bem?
- Melhor agora gata. E ai? Quando vamos pegar aquele cineminha que combinamos?
- Bom... - Lisa passa a mão no rosto - Não sei... Eu...
- Nunca!! – Ambos viraram a cabeça para Jô que se manifestara – Nunca, Fred! Quando você vai cair na real que a Lisa não quer nada com você?
- JÔ! - Lisa gritou assustada
- E você Lisa, quando vai ter cara de assumir pro coitado que não é a fim dele? – virou-se novamente para o rapaz - Olha Fred, vai miar noutra freguesia porque a Lisa não tá na sua – Quase rosnava para ele.
Pegou a mão da loira e, com passos duros, saiu puxando-a pelo pátio, deixando um Fred com cara de “tô entendendo nada” plantado na cantina. Lisa a acompanha docemente com um sorriso bobo no rosto. E o resto do recreio uma Joyce emburrada não soltou sua mão.

 “Há, no mundo, milhares de formas de alegria, mas no fundo todas elas se resumem a uma única: a
alegria de poder amar.”
Michael Glent

Capítulo XIV

Jô percebe a expectativa nos olhos de Lisa pelo que está por vir. Isso a excita tremendamente e ela então solta os braços desta lentamente enquanto percorre seu corpo com o olhar.
- Lisa... Sussurra baixinho começando a deslizar as mãos pelo corpo delicado abaixo de si. Lisa continua olhando seu rosto fixamente, com certa timidez. Jô a ergue lentamente pelas mãos e a abraça. Ajeita-se melhor em cima dela de forma a ficar sentada em seu colo com as pernas abertas de cada lado. Lisa estremece ao sentir sua pele e olha para baixo. Jô nua, as pernas abertas. Sente a umidade entre as pernas cada vez maior e não resiste a estender a mão e tocar delicadamente os pelos do sexo de Jô.
- Não Lisa – diz Jô segurando sua mão apesar de querer é mais e mais e mais. – é minha vez loirinha – sussurra em seu ouvido beijando-lhe de leve o mesmo. Ouve o suspiro profundo de Lisa e diminui a distância dos corpos passando a língua por toda a sua orelha.
- Gosta delícia? - Sussurra em seu ouvido
- Gosto.
- Pede mais.
- Mais Jô... quero mais.
Lisa com olhos fechados entregava confiante toda a sua inexperiência nas mãos de Jô. Sente quando Jô solta o fecho de seu sutiã. Estremece e  aperta-se mais a ela. Mas a morena força os corpos a se afastarem e o tira. Baixa o olhar para os seios macios e Lisa vê os belos olhos negros brilharem intensamente. Quando sente o toque das mãos em seu corpo solta um gemido baixo. Jô nem parece notar. Toca agora, mais intensamente, os pequenos montes mais claros que os seus, com ânsia, quase desespero. Parecia nunca satisfazer querendo mais, sempre mais naqueles toques. Observa os biquinhos claros enrijecerem, e não consegue deixar de pensar o quão mais clarinhos são em relação aos seus. Empurra Lisa meio bruscamente para trás e estende todo seu corpo em cima desta deslizando-o para baixo de forma a poder saborear com a boca onde antes suas mãos acariciavam. Lisa sente um ardor no sexo e intuitivamente mexe os quadris como a pedir atenção a esta parte tão especial de seu corpo. Jô ergue a cabeça para o rosto de Li e vê sua expressão de desejo, de vontade.
- Ai Li, como quero você. – ergue a mão e a passa com amor sobre o rosto da loira. Sai de cima dela e se ajoelha na cama ao lado desta.
- Jô?
- Lisa... Olha pra mim – esta a encara – eu... Lisa... eu tô apaixonada por você. – Se sente insegura, sabe que não há razão para isso, mas sente, precisa dizer estas palavras a sua loirinha. Lisa abre um sorriso e segura com carinho sua mão. ‘Meu Deus só de ver esse sorriso não preciso de mais nada na vida. Posso morrer hoje’ pensa fascinada. Lentamente volta o olhar para o corpo amado e toca a cintura fina deslizando lentamente as mãos tentando abrir a bermuda de Lisa. Sente esta ficar tensa e começa a distribuir beijinhos pela cintura fina.
- Te amo Li, te amo - sussurra forçando a bermuda para baixo. – Li me ajuda.
- Jooo... eu... ai Jô...
- Vai amor me ajuda.
Lisa então ergue os quadris e Jô termina de tirar sua bermuda. Tampa o rosto com as mãos, quando vê que Jô a está olhando... lá.
- Lisa... você é linda... - Toca-a de leve por cima da tanguinha rendada. Está tão molhada que o tecido estava transparente. Trinca os dentes e aperta os lábios. Sente uma necessidade louca de experimentar o sexo de Lisa, mas ao mesmo tempo tenta manter o controle. - Li... Lisa... não tô conseguindo controlar... Empurra a tanguinha para o lado. Lisa quase não tem pelos é loirinha mesmo ali. Abaixa a cabeça, os longos cabelos cobrindo o corpo de Lisa que o arqueia ao sentir a ponta da língua de Jô tocar levemente seus clitóris.
- Jôoooo!!!
Joyce ergue a cabeça repentinamente
- Li machuquei você??? - Diz ansiosa olhando-a assustada. Lisa sente o rosto arder de vergonha. Não conseguira segurar o grito quando sentira Jô lambê-la ali. ‘Ai Deus que vergonha. ’
- Na... não... er... ai Jô – tampa novamente o rosto com as mãos. – Foi... tão bom. Jô sorri aliviada
- Ah sua safada! Você gostou né!!!
- Aiiii Jô que vergonha, você gosta de me ver assim né.
- Adoro Li, adoro, assim... nua... minha. Aproveitando que Lisa tampara o rosto puxa de uma vez a tanguinha a deixando totalmente nua.
- JOOO!
Mas esta nem a escutava mais. Lisa nua na sua frente, maravilhosamente nua, cheia de desejo era um quadro inesquecível. Sentia que aquele momento nunca mais sairia de sua mente. Estava marcado em sua memória, em seu coração. Sente um tremor percorrer seu corpo, teme machucar Lisa, não fazer nada certo. Sente seu próprio desejar crescer e seguindo seu próprio querer começa a beijar a virilha de Lisa sofregamente mordendo de leve lambendo, gemendo baixinho. Seus gemidos se misturam aos de Lisa que a segura pelos cabelos e começa a mexer o quadril pedindo, implorando satisfação. Jô a segura firme e com a língua lambe toda a extensão de seu sexo. Espalma a mão entre a virilha e a barriga de Lisa e com os dedos expõe mais o clitóris da loira começando a chupá-lo devagar, como a desvendar este pequeno órgão que tanto prazer proporcionava. Era tão bom, que sabor divino era esse que sentia. Não queria parar. Ouve os gemidos da loira aumentarem e sente um descontrole tomar conta de si. Começa a chupar mais forte e encaminha os dedos pra a abertura da loira. Esta ergue mais os quadris. Tenta penetrá-la, mas Lisa é tão apertada que ela então, como que despertada para a realidade, lembra que a amiga é virgem. Então delicadamente começa a rodar o dedo só na abertura sem penetrá-la e com a boca devora-a sem piedade. Não sentia mais receio, nem medo ou insegurança. Queria sentir Lisa gozar, queria ver Lisa gritar de prazer. Menos não seria.
Lisa nada mais sentia a não ser aquele prazer louco. Sentia a boca de Jô chupá-la lambê-la, mas não sentia mais vergonha. Era tão bom, não queria que acabasse. Sente quando Jô desliza os dedos para tentar entrar dentro dela e automaticamente retesa o corpo. Jô então, sem insistir, começa a contornar seu sexo com os dedos e a chupa ainda mais intensamente. Sente um frêmito subir por todo seu corpo e explode em ondas de prazer intensas. Geme alto e movimenta violentamente os quadris que são contidos pelas mãos de Jô que continua a chupá-la mesmo ante o orgasmo intenso.
- Jô... Jô... Jô.. – segura os longos cabelos negros, mas esta não para. Parece enlouquecida pelo prazer da loira e começa a lambê-la passando da virilha a parte interna da coxa e voltando a virilha. - Jooo!! Lisa a força pelos cabelos a parar - eu não aguento... Joo...
- Ai Li – esta sussurra com a boca ainda a se perder em seu sexo – é tão bom, tão gostoso... eu... eu... ai Li que delicia... Li... - volta a sugar Lisa como a querer mais.
- Joooo!! Lisa a puxa mais forte pelos cabelos a erguendo e esta então cai sobre a loira.
- Ai, isso dói!
- Jô, me deixa respirar. Eu tô toda mole, eu não aguento. - e segura a cabeça da morena entre seus seios, ainda se recuperando do momento de maior prazer que tivera na sua vida. Jô então se aconchega melhor colocando-se meio de lado de modo a não por todo o peso sobre Lisa e procura acalmar seu corpo que pede, implora novamente uma satisfação.
À medida que os minutos passam Jô sente a ansiedade tomar conta de onde antes era puro desejo e uma insegurança toma conta de si. Lisa estava tão calada! Será que ela gostara? Será que vai querer de novo? E se não quiser? NÃO! Ela quer, tem que querer.
- Lisa... – ergue a cabeça – Tá... tá tudo bem? Lisa vira a cabeça em sua direção e a olha com um olhar maravilhado
- Jô... eu não pensei que fosse tão... tão maravilhoso. Eu... Jô vou querer mais... muito mais.
Jô começa a rir. Aliviada se ergue feliz e linda em toda a sua nudez, abre os braços e diz sorridente para a loira
- Lisa pode querer! Vou te dar o mundo! Um mundo de amor e prazer!!

"Alguns dos melhores momentos da vida a gente experimenta de olhos fechados. Tudo o que acontece dá pra imaginar... Tudo o que se imagina, pode acontecer..."

Capítulo XIII

Lisa estava apavorada. Nunca se imaginara pedindo isso para Jô. Mas quando deu por si já falara. Olha a morena em expectativa. “Ela não vai dizer nada?” Jô afastara o rosto do seu e a olhava meio chocada, meio abobada, totalmente sem ação. Lisa começa a pensar que fez uma tremenda bobagem e sente a insegurança tomar conta de si. Abaixa os olhos, já não consegue mais sustentar o olhar de Jô.
- Er... o. olha Jô eu entendo se você disser que não quer...eu ...eu fui longe né... – gesticula a mão no ar - Por que ia querer uma mulher que nunca ficou com ninguém e nem sabe o que ia fazer e... – sente Jô lhe tapar com força a boca com a mão toda.
- Li você quando quer só fala bobagem! Olha pra mim! – Lisa ergue os olhos para os de Jô. Lindos, os olhos da morena estavam da cor do Ônix. Maravilhosamente negros, mas tão negros que não se viam as pupilas. Esta sorria como se tivesse ganhado o melhor presente do mundo e quando lhe retira a mão de sua boca diz meio sem graça.
- Nossa até parece que ganhou o melhor presente do mundo! Está com aquela cara que ficou quando tinha uns nove anos lembra? E sua mãe te deu aquela bicicleta da Barbie toda rebuscada.
- Li... rs. Boba. - passa a mão no cabelo jogando-os para trás - Eu... eu não esperei isso. Você é sempre tão... tão ponderada em tudo que vai fazer. Isso que fez que disse, eu esperava de mim, não de você. Aliás – olha a loira meio risonha – eu ia fazer, não vale. Você não podia ter dito primeiro! Mazinha – sussurra aproximando a boca daquele pescoço tão alvo e distribuindo beijinhos diversos. Respira profundamente o perfume da loira e sem resistir da uma mordidinha de leve no lóbulo da orelha.
- Ainnnnn Jô. Isso não vale – Lisa estremece e segura os braços da morena afastando-a de si. Agora que tomara a iniciativa estava se sentindo extremamente tímida. Sentia vontade de sair correndo da cozinha e esconder a cara num buraco bem fundo, mas ao mesmo tempo só queria estar ali. Jô ri percebendo que a amiga estava sem graça. “vamos Jô lembra? Calma!!”
- Li olha, vamos devagar né!? – “Mesmo eu querendo a jogar em cima dessa mesa e te fazer meu almoço” pensa relanceando o olhar sobre a mesa da cozinha - Hummm boa ideia hem! – faz um ar safado.
- Que boa ideia??
- Ah? - Jô a olha meio desconcertada.
- Você disse boa ideia Jô.
- Eu disse?? Nossa! Eu disse? – sente o rosto avermelhar. – Nossa! Boa ideia a gente comer. É isso! Comer na mesa!
- Sei... Ok, tá bom, melhor comermos né. – Lisa não aprofunda nas palavras. Só pela atitude de Jô percebera que ela pensara algo muito diferente do que respondera. Mas sua intuição dizia para ficar quieta. Já estava se sentindo sem graça por demais. Afasta-se de Jô e pega a faca que esta jogara no chão. - Jô sinceramente prefiro esse sanduba sem mortadela. Não tem presunto?
Jô ainda pensando na mesa... Em comer na mesa, aliás, custa a assimilar as palavras da outra.
- Ah... claro, acho que tem na geladeira. Acho.
Lisa olha fixamente a morena. “seja o que for que ela está pensando deve ser muito bom, que cara!” Vai até a geladeira e procura pelo presunto.
- Achei. Olha também tem palmito. Vamos fazer a festa. – Tira tudo da geladeira e põe sobre a mesa. Aliás, Jô ainda continua olhando fixo a mesa.
- Jô? Jooo – chama longamente estalando os dedos na frente do rosto da morena.
- Ah? Ah? Tudo Lisa, tudo que quiser!
- Tudo que eu quiser o que JO?
- Comer, comer uai. – segura os cabelos enrola-os fazendo um nó leve nos mesmos – puxa como esquentou viu. - Volta-se para a pia recolhe a mortadela que já havia picado e a guarda na geladeira. Sabe que Lisa a observa, mas não tem coragem de olhá-la. Seus olhos de certo denunciariam seus pensamentos. E também havia claro, o risco dela querer realizar seus pensamentos, já, agora! “Jô novamente, deixa de ser teimosa que coisa! Calllma. A Li e inexperiente e... e você também. Aquela coisa do Daniel é pra ser esquecida. Além de que... que... ela é mulher!” Se segura na geladeira se vira pra Lisa. - Li você é mulher! – Diz alto com o rosto em pânico. Lisa já sentada à mesa montando os sanduíches a olha assustada.
- Sou e daí?
- Li, eu... eu... Você é mulher! – senta na cadeira a frente de Lisa. – Eu, Li eu nunca fiquei com mulher! Como... como eu faço? – Põe os cotovelos sobre a mesa e as mãos no queixo. – eu quero que seja muito bom pra você... pra nós! Sabe como é né. Eu... sem o bônus lá né. Será que vai agradar? E... bom, nunca falamos muito disso né. – Continuando divagando sem perceber que Lisa a sua frente cada vez mais se encolhia na cadeira quase desfalecendo de vergonha. – Se bem que não deve ser difícil né. É só fazer tudo que eles não fazem - Diz rindo e finalmente olhando para a loira. – Lisa!!! Cara tu vai explodir! Tá roxa! – começa a gargalhar.
- Ai Jô você faz isso por querer. Que vergonha – diz escondendo o rosto nas mãos. Jô segura a barriga
- Ai, tá doendo. Eu não aguento – diz rindo muito.
- Ah para Jô. Olha tá pronto, pega aí o teu – diz empurrando um dos pratos com o sanduíche pra frente de Jô.
- Opa parei - Jô respira fundo – ok parei - não dá – começa a rir de novo batendo com o punho na mesa. - Ai meu deus.
- PARA Jooooooooooooo. Assim não dá! Você não muda que saco. Adora me ver sem graça. Vou sair daqui. – Diz se levantando. Jô a segura pelo braço.
- Não, parei, olha, parei – Força o rosto a ficar sério – viu? Parei.
- Tá bom - volta a se sentar – quero ver até quando. – e começa a comer lentamente seu sanduíche.
 Lisa olha a amiga se esforçando para ficar séria enquanto come. Na verdade intuía que muito das risadas era nervoso. Jô, como ela, estava ansiosa, nervosa, sem saber exatamente aonde ia dar aquilo que começaram. Como agradar? Ela também não sabia. Nunca ficara com ninguém. O máximo que fez foi trocar uns beijinhos aqui e ali. Mas não queria pensar muito. Aliás, tentava não pensar muito. Olha Jô comendo a sua frente. Sua beleza chegava a ser absurda. Mas ela sempre fora indiferente a isso. Na verdade era uma coisa a se respeitar em Jô. Nunca se vangloriava de sua aparência. Olha para seus seios apertados na blusinha que usava. Aiaiai, nossa senhora. Que vontade de abocanhar eles. Dá uma mordida feroz no sanduíche. Que se dane não saber o que fazer. Na verdade é fazer o que se quer. E... aqueles seios... repara que os biquinhos começam a marcar a malha da blusa e arregala ligeiramente os olhos. Ergue os mesmos para Jô e esta ainda come o sanduíche, só que com o rosto bem vermelho. Desvia o olhar de novo aos seios e... aiiiii... estão tão durinhos. Passa a língua nos lábios. Suspira. ‘Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo’ – pensa dando uma nova mordida no... sanduíche.

Jô come o sanduíche agora séria. Notara o olhar faminto de Lisa em seus seios. Sentira-os ficarem tesos e imediatamente avermelhou. Aff que vergonha. Prefere fingir que não nota e continua a comer o sanduba... De que mesmo? Olha para ele... Ah tá... Presunto e queijo. Termina o lanche toma o resto do suco e finalmente olha Lisa. Ai, ela ainda tá olhando pra... eles.
- Er... Li?
- Hã?
- Eu... Bom... que acha da gente ver um filme?
- Cinema? Lisa arregala os olhos e finalmente a olha no rosto.
- Não! Na televisão! Vai passar um legal. Na sessão de sábado. Já tá pra começar.
- Jô... Olha eu prefiro ficar quietinha... Na cama. – faz cara inocente – deu uma bambeza depois desse sanduba!
- Hã... ah... bom... tá né... ehh... Bom pode ir então que eu vou arrumando a cozinha.
- Nada eu ajudo. - As duas arrumam a cozinha evitando se olharem. A cada esbarrão uma na outra sentem um calor subir para o rosto. Lisa olha o relógio.
- Nossa Jô é mais de 3 horas.
- É... São mesmo. Li você acaba aê? Vou ligar pra minha avó tá?
- Ok Jô.
Depois de ligar para a mãe na casa da avó e saber que tudo esta bem Jô caminha ao banheiro para escovar os dentes. Repara a escova que Lisa sempre deixa em sua casa na pia. ‘Arre o mania viu. Sempre deixa a escova na pia essa muie’ Guarda ambas as escovas no armário e se encaminha para o quarto. A cada passo, mais o coração acelera. Quando entra vê Lisa deitada na cama de bruços de olhos fechados. Passa o olhar pelo seu corpo. Tão linda! Lisa é toda magrinha, mas uau, que bunda! Nisso os pais capricharam na fôrma. E aquela cintura Ave Maria. Deita-se devagar ao lado dela e se vira de lado na sua direção. Linda... Olha o formato de suas costas... tão suave. Não resiste e com o dedo acompanha a coluna de Lisa até a base do quadril. Sente-a estremecer, mas não se move. Encorajada se ergue sobre um braço e levanta ligeiramente a barra da blusa acariciando as covinhas que tanto adora.
- Ahh Li adoro essas covinhas. – Não resiste e leva os lábios até elas e as beija. Lisa solto um leve gemido. Jô não resiste e morde de leve a pele macia erguendo mais ainda a blusa.
- Jô...
- Shiuu. Não farei nada que não goste Li, confia em mim. - Jô se põe de joelhos sobre a cama ao lado de Lisa e então começa a beijar toda extensão de sua coluna. Sente a pele de Lisa se arrepiar toda quando passa as mãos pela lateral de seu corpo. Não resiste e ergue de todo a blusa tirando-a. Lisa ergue ligeiramente o corpo facilitando a ação de Jô que acaricia toda sua pele macia com a ponta dos dedos. Quando toca as laterais dos seios de Li cobertos pelo sutiã verde claro, esta se vira de frente olhando-a então nos olhos. Jô tenta manter o contato visual, mas seus olhos se atraem pelos seios cobertos pela suave lingerie.
- Lisa... Você é tão linda. Olha – ergue as mãos - vê? Estão tremulas. Eu... Eu quero tanto tocar você. – ergue seus olhos cheios de desejo e amor para a loira.
Lisa sente de repente todo o seu receio, seu medo irem embora. Era aquilo que ela queria. Aquele toque, aquela boca. Era um caminho sem volta. Um caminho que ela sentia ser o que devia trilhar. E quer trilhá-lo com Jô. Ergue então as mãos e seguras as de Jô com carinho.
- Jô tinha que acontecer. Eu desejo muito isso. Desejo muito seu toque. - Leva as mãos trêmulas da amiga a seus seios e as pousa ali. – me toca Jô. – diz fechando os olhos. - Adoro tanto seu toque. Suas mãos. Me toca Jô, por favor.
Jô sente um tremor tomar conta de todo seu corpo. As mãos de Lisa que cobrem as suas, começam então a fazê-la acariciar os seios por cima do sutiã. Jô não consegue desviar os olhos daquele momento tão sensual e quando a loira arqueia ligeiramente o corpo erguendo os seios não resiste mais e os aperta. Num movimento rápido se põe sobre Lisa com as pernas dobradas em ambos os lados. Lisa abre os olhos ao sentir seu peso. Os olhos cor de mel estão escuros brilhantes. Expressam tanto querer que Jô não mais tenta resistir ao desejo que toma conta de si. Abaixa o corpo e beija Lisa profundamente tentando nele expressar todo o amor que parece explodir em seu coração. Lisa retribui com o mesmo furor e suas mãos começam a acariciar as costas de Jô erguendo quase com desespero a mini blusa que esta usava. Os seios de Jô saltam diante dos olhos de Lisa que não pensa duas vezes agarrando-os cheia de vontade.
- Jô sou louca com eles, louca – diz tocando-os. De repente ela faz um movimento rápido e se põe sobre Jô.
- Lisaa!! – Exclama uma Jô surpreendida. – Isso não vale... Eu... Deussss... – Jô geme ao sentir Lisa descer a boca sobre seu seio e o sugar fortemente. Com a outra mão ela aperta seu outro seio. Jô fecha os olhos. Ai Deus isso é tão bom. Lisa tenta se controlar e começa a dar pequenas mordidinhas nos seios de Jô até chegar ao bico teso começando a chupá-lo ritmadamente.
- Hummmm... – Jô ouve o sussurro de Lisa e a sente dar uma lambida de leve no bico de seu seio. Lisa então ergue o rosto e a olha dando um sorriso safado. - Vou gostar disso.
Sem entender bem Jô olha para o próprio seio.
- A meu Deus – tenta escapar, mas Lisa a prende pelos braços.
- Na na na ni na não... isso é muito bom - Dá mais uma sugadinha e lambe. Jô acompanha fascinada Lisa chupar de leve seu seio de onde sai uma gotinha de leite e a lamber. - Ai Jô são tão lindos. – Li soltas sua mãos e volta a tocar os seios fartos. Não consegue parar de olhá-los, de tocá-los. Jô ergue ligeiramente o corpo e abraça Lisa com força puxando-a para si. Lisa retribui o abraço.
Por longos minutos permanecem assim juntas, em silêncio, coração com coração no mesmo ritmo, no mesmo querer. Ali era onde queriam estar. Após o longo abraço Lisa ergue o corpo se apoiando nos cotovelos e olha Jô nos olhos. As duas se encaram. Lisa desce o olhar cheio de desejo para seus seios novamente. Jô sente o rosto avermelhar. Não consegue deixar de olhar quando Li começa a lamber o biquinho do seio e ao sentir as pequenas sugadas geme fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. Lisa sente o poder de estar com Jô vulnerável em suas mãos e se torna mais ousada. Ergue-se levando Jô junto e levanta-lhe os braços. Acaba de lhe tirara blusa e afastando-lhe os longos cabelos negros beija-lhe o pescoço alvo. Jô vira a cabeça de lado facilitando o acesso da boca de Li. Ela morde seu pescoço e leva a mão novamente a seu seio. Ergue a cabeça e sente sua excitação ir às alturas ao ver Jô tão entregue. Volta a deitá-la lentamente na cama e começa a beijar sua barriquinha linda. Dá pequenas mordidinhas e depois lambe delicadamente cada marquinha que deixa na pele alva. Jô já não consegue segurar os gemidos suaves. Li desce então a mão lentamente ao sexo de Jô que abre as pernas ligeiramente. Já não pensa que não sabe o que fazer. Apenas segue sua intuição, seu desejo, seu coração. Joyce sente um tremor tomar conta de seu corpo. Jamais imaginara Lisa tendo tantas iniciativas. Sente-se fragilizada a seu toque e a cada toque percebe-se mais desejosa, querendo mais e mais. A boca as mãos de Li passando em cada parte de sua pele a fazem gemer com loucura. E quando sente a mão escorregar pela sua barriga em direção seu sexo inconscientemente abre as pernas. Não consegue pensar só sentir. Sente quando a mão passa de leve por cima de seu shortinho e tocar-lhe o interior das coxas. Ergue ligeiramente o quadril como a pedir um toque mais profundo.
- Lisa... Lisa... Sussurra baixinho apoiando as mãos no colchão e apertando o lençol. – me toca Li... tá tão bom.
Lisa observa as reações de Jô ao passar a mão sobre seu sexo. As desce para as coxas e as aperta delicadamente. Quer tanto tirar-lhe o short. Sente por um momento uma insegurança tomar conta de si, um medo de não conseguir dar-lhe prazer. É quando Jô ergue os quadris e pede que a toque. Pressiona a mão entre as suas pernas por cima do short e a aperta. Esta tão quente, tão molhada. Jô solta um gemido delicioso e movimenta ligeiramente o quadril. Lisa então se ajoelha e começa a tirar a pequena peça. Ela não vestia nada mais. Ao ver-lhe o sexo surgir, quente molhado, pulsante Lisa simplesmente para. Ela é tão linda, tão perfeita. Sente as mãos tremerem e uma vontade louca de lamber chupar morder. Termina de tirar a peça e então se põe entre as pernas da morena abrindo-as mais.
- Lisa não... – Jô automaticamente cobre o sexo com as mãos.
- Jô deixa... Eu quero. – olha a morena que agora a encarava com o rosto totalmente vermelho. Que visão! Jô nua, entregue, envergonhada pelo ângulo que Lisa a fitava. Se soubesse o quão linda estava!
- Me deixa ver você linda. Por favor. Eu... eu quero tanto você.
Jô olha a loira entre suas pernas. Ainda quase que totalmente vestida Lisa tinha o rosto transformado pelo desejo. Parecia fazer um esforço enorme para se controlar, os olhos cor de mel tão escuros que pareciam negros. Retira então as mãos. Vê Lisa descer o olhar e soltar um gemido longo. É quando sente toda a vergonha ir embora. Ela pertencia a Lisa e por ela faria tudo. Tudo que pedisse. Sente sua mão tocá-la de leve.
- Lisa me faz sua, Lisa... – volta a pedir suplicante. Foi o suficiente. Lisa passa a tocá-la com intimidade sentindo, conhecendo apreciando cada detalhe de Jô. Esta geme enlouquecida e sem se conter mais, segura a mão da loira induzindo-a com o desejo de senti-la penetrar-lhe. – Li, vem , vai Li... Me faz sua. Lisa não acredita que tem Jô tão entregue em suas mãos. Sentira por um momento medo ao esta impedi-la de tocá-la. Mas agora Jô parecia enlouquecida. Mexia a cabeça de um lado para o outro pedindo, querendo mais. Lisa a toca intimamente. Adorando deslizar os dedos por toda a extensão do sexo de Jô. Ela está tão molhada, tão deliciosamente inchada. Ao tocar o clitóris de Jô e acariciá-lo por alguns segundos sente esta estremecer e segurar sua mão mais forte induzindo-a a penetrá-la. Lisa perde a noção de tudo. Desliza o dedo para dentro da morena. Sente Jô apertar-lhe o dedo dentro de si e soltar um pequeno grito. Deus que loucura, que delicia. É tão bom estar dentro de Jô sentir seu calor, suas contrações. Começa um movimento leve de vai e vem com o dedo e Jô começa a acompanhá-la com o quadril.
- Mais rápido Li, mais rápido. Lisa não consegue desviar o olhar de Jô, de seu sexo. Ergue o corpo ligeiramente deitando-se meio de lado apoiada no cotovelo e começa, sem tirar o dedo de dentro de Jô, a sugar-lhe o seio. Esta arfa em busca de ar e lhe segura os cabelos gemendo, gritando, pedindo mais e mais. É quando sente todo o corpo contrair num êxtase enorme e enrijecendo-o todo, solta um grito de satisfação.
- Lisaaaaaaa, ai Lisa.
- Diz amor, diz, - sussurra Lisa olhando maravilhada o rosto de Jô ainda transtornado pelo forte orgasmo que abalara todo seu corpo. – Ah Jô te amo tanto, tanto. – Diz tirando lentamente o dedo de dentro dela e deslizando seus lábios por todo o seu rosto.
Aos poucos Jô sente o corpo relaxar. Nunca sentira nada tão forte. Nem uma satisfação tão grande no depois. Sente os lábios de Lisa em seu rosto e o vira buscando seu beijo. Elas se beijam longamente saboreando aquele momento tão especial. Sente o coração se acalmar e então afastando os lábios dos de Li dá um sorriso safado. Segura Lisa pelos braços e a vira bruscamente de costas na cama se colocando por cima dela
- Agora senhorita Lisa se prepare porque tem volta.

"Há momentos na vida em que se deveria calar... e deixar que o silêncio falasse ao coração; Pois há sentimentos que a linguagem não expressa... e há emoções que as palavras não sabem traduzir..."