O
sábado chegara iluminado. Mariana caminha em direção à cozinha, mas antes passa
no quarto dos irmãos para ver se dormiam tranquilos. ‘ Bah, ate parece que são
tão santinhos’ pensa ao os ver dormindo angelicamente. Olha o relógio. Nove
horas da manhã. ‘ Cedo pra ir à casa de Li’. Ainda comia tranquila quando sua
mãe adentra a cozinha.
-
Bom dia mãe.
Joyce
olha a filha desanimada.
-
Bom dia Mariana.
Senta-se
a mesa com a filha e põe a mão sobre o queixo. Mariana se surpreende com as
olheiras da mãe.
-
Mãe... tá tudo bem?
Jô
a olha triste. Como dizer q filha que, no dia anterior, todas as suas
esperanças, mesmo que inconscientes haviam sido assassinadas friamente pela
serial killer Lisa?
-
Na medida do possível sim Mariana. Estou com problemas no serviço só isso.
Mari
a olha séria. Sua mãe estava apática, sem vibração. Essa não era ela. Poxa,
preferia ela aos gritos, nervosa e dona da razão que aquela mulher sem energia
a sua frente.
-
Hã... Mãe... Vou ir à casa dos padrinhos. – Com estas palavras esperava despertar
alguma coisa na mãe. Afinal ela detestava Lisa.
-
Ok... – O olhar de Jô se torna ainda mais triste e se enche de lágrimas. – de
um olá a todos por mim.
Levanta-se
da mesa e caminha rapidamente para o quarto onde se tranca sem dar a Mariana a
oportunidade de resposta. Esta não sabia se surpreendia com a postura da mãe ao
contar que iria ver Lisa ou com sua falta de reação ao fato. ‘Algo não está
nada bem’. Vai em direção ao quarto da mãe.
-
Mãe abre a porta.
-
Me deixe em paz Mariana.
-
Mãe você não tá legal. Abre a porta!
O
silencio é a resposta de Mari. Devagar volta a cozinha e senta-se pensativa na
mesa. Ouve a porta abrir e a empregada adentrar o ambiente. Bem, quando a Joyce
quisesse falaria com ela. Ainda pensativa custa a perceber o telefone tocando.
-
Alo?
-
Mari?
-
Lisa!!!! O coração da jovem acelera. – Estava pensando em você.
-
Mesmo? Que bom Mari! Olha, eu estou ligando porque resolvi voltar hoje para São
Paulo.
-
Como é? Mari sente como se lhe jogassem um tijolo bem no meio dos olhos.
-
Pois é linda. Eu... bom... Resolvi voltar hoje, mas não poderia ir sem despedir
de você.
-
Posso ir ai agora?
-
Estou esperando.
Lisa
abre a porta com um sorriso suave. Estava linda como sempre. Mari não consegue
disfarçar a tristeza do olhar. Lisa a abraça com carinho.
-
Mari... Não fica assim. Até parece que estou indo para outro planeta!
-
Para mim é como se fosse Lisa... você é a única mu... er... adulta que eu
confio e desabafo.
-
Então me ligue sempre que precisar. Pode ser a cobrar.
-
Hã... ok... – De repente vem a memória de Mari a atitude estranha da mãe.
-
Lisa, minha mãe sabe que vai partir?
A
loira engole em seco.
-
Não Mari... Por quê?
-
Ela está estranha esta manha. Bem estranha. Nem ligou quando disse que vinha
vê-la.
Lisa
sente o coração se apertar.
-
As pessoas mudam Mari.
-
Não minha mãe. Li... um dia posso ir visitá-la em SP?
Lisa
a abraça mais uma vez sorrindo.
-
Minha casa está sempre aberta para você Mari. Venha vamos tomar um suco no
jardim.
A
conversa flui naturalmente entre elas. Mariana se sentia bem com Lisa. Esta
conversava com ela sem fazer distinção de idade. Sentia-se tranquila, sem medo
de Lisa a ver como uma adolescente boba e sem papo. Lisa respeitava a
maturidade de seus 15 anos.
-
Lisa... Como você descobriu que gostava de meninas?
Lisa
se assusta com a pergunta e engasga com o suco. Tossindo muito e forçadamente
olha de lado para Mariana que aguardava pacientemente a resposta.
-
Ah... bom... eu... ah... foi... eu gostei... de uma colega e... e... é isso né.
-
Falou, falou e não disse nada. Quantos anos você tinha? Quem era a menina?
Alias era menina da sua idade? Ou alguém mais velho? Como foi que ficaram
juntas?
Lisa
arregala os belos olhos castanhos. ‘ Fudeu’
-
Mari... Mariana... bom, ah... eu era um pouco mais velha que você e... gostei
de uma menina de minha sala. E pronto, só vou dizer isso.
-
Por quê???
-
Porque devo respeitar a outra pessoa. Não vou sair contando os nomes das
mulheres que sai ate hoje.
-
Nossa!! Tantas assim? – Mariana não consegue esconder um tom de ciúmes na voz e
Lisa a olha surpreendida.
-
Por que a curiosidade Mari?
-
Eu... eu... ah sei lá. Acho normal querer saber mais sobre isso. Mas vem cá
Lisa. – Mariana se ajeita melhor na cadeira - E minha mãe? Sabia? Por isso
vocês cortaram amizade? Porque ela descobriu?
-
Mariana, prefiro não falar deste assunto está bem? Não me sinto a vontade de
falar de minha vida.
-
Hum... – Mariana olha Lisa nos olhos e suspira tentando disfarçar a decepção
pela falta de informação. Lisa mantém o olhar fixo no da jovem surpreendida
pela profundidade deste. Depois de alguns segundos o desvia. Sentia-se
desconcertada com o olhar tão firme e profundo. Isso a assustava, pois por
alguns segundos não parecia olhar para os olhos de uma jovem de 15 anos.
-
Um dia Mariana posso lhe falar mais sobre isso ok.
-
E por que um dia? Acha que poderá me influenciar nas escolhas? Me poupe né
Lisa. Eu já sei bem o que quero.
-
Mesmo? E o que quer?
Mari
fixa novamente os belos olhos verdes nos seus.
-
Que minha alma gêmea perceba a minha existência e se conscientize que vim pra
ela. Só para ela.
Lisa
há olha um pouco descredita.
-
Meu Deus Mari! Acredita mesmo nisso de almas gêmeas?
-
Acredito Lisa. Totalmente.
-
Mas... por acaso já sabe quem é a sua? Parece ter tanta certeza.
-
Não vem ao caso né Lisa. Também tenho meus segredos como você. O que sei é que
de alguma forma tudo tem que acontecer. Eu sinto! É o destino.
-
O destino somos nós que fazemos Mari.
-
Não Li, nos temos o livre arbítrio, mas o que viemos para cumprir acontece.
-
Ok... Lisa a olha condescendente. – Mas não esqueça que muitas vezes as pessoas
se desviam do caminho traçado. Diz imitando um sinal de aspas com os dedos.
-
Lisa... Não me pergunte por que, mas eu sei que vai acontecer. É assim...
simplesmente acontece. Mari a olha já um pouco impaciente, deixando entrever
sua personalidade forte ainda não totalmente moldada pela vida.
-
Ok. ok. Mas... e nesse meio tempo? Não vai se envolver com ninguém ate sua...
alma gêmea chegar?
Mari
se avermelha ligeiramente.
-
Não sei... talvez sim... talvez não. Não sei mesmo. Vontade não tenho.
-
Está bem Mari. Olha se quer um conselho, não deixe a vida passar só por
acreditar nisso. Viva, namore, conheça pessoas diferentes.
-
Só? Você disse só? Você não tem direito de menosprezar o que penso Lisa!
-
Não quis dizer isso Mari, por favor!
-
Não quis, mas disse. Olha você pode não acreditar, mas o destino quando traçado
não muda. Pode demorar, mas acontece.
-
Tudo bem Mari.
-
Tudo bem nada!!! Não peço que acredite só respeite tá!
-
Táaaa! Acabou?
Mari
ligeiramente emburrada cruza os braços e passa olhar a rosa bem a sua frente.
Lisa sorri ligeiramente e toca seus cabelos com carinho.
-
Desculpe Mari. Você tem razão. Não tinha o direito de desmerecer o que
acredita. Me desculpa?
-
Tudo bem... ‘ você me derrete Lisa’ Pensa sufocando o sentimento que expandia
em seu peito e extravasava nos belos olhos. Aquecida pelo carinho de Mari, Lisa
a abraça e beija os belos cabelos negros.
-
Sentirei sua falta pequena feiticeira...
Mariana
fecha os olhos conformada e emocionada com o apelido carinhoso. Era a primeira
vez que o ouvia. Seu espírito acalenta a certeza que o destino não tardará. Era
preciso paciência. Ergue a cabeça e sorri para Lisa.
-
Eu também Lisa... eu também...
Luiza
aguardava impaciente no saguão do aeroporto. O telefonema de Lisa a pegara de
surpresa. Porque esta decidira voltar mais cedo? O que acontecia? Sente as mãos
geladas e tremulas e fecha os punhos buscando controlá-las. É quando vê Lisa
aparecer a sua frente.
Lisa
caminha devagar em direção à mulher amada. Para na sua frente e sorri
amorosamente.
-
Lu... Eu amo você.
-
Como? Lisa... eu...
-
Lu... Quer dividir sua vida comigo? Hoje? Agora? Para sempre? Presente e
futuro? Preciso de você. Só de você. Sem duvidas, sem receios... inteiramente.
Luiza
sente o coração se aquecer.
-
Você... tem certeza? Aconteceu algo?
-
Sim Lu... aconteceu. Descobri que cansei de viver do passado. Amo meu presente
e mais ainda a pessoa que está a meu lado nele.
Deixando
o carrinho em que carregava as malas de lado e sem se importar com as pessoas
que passavam Lisa abraça Luiza fortemente.
-
Você é meu amor Luiza... Você é minha felicidade presente. Você é meu futuro.
Amo você. – Ergue a cabeça do colo moreno – Amo você.
E
segurando o rosto amado beija-lhe os lábios saudosa. Não importava os olhares
críticos e confrontados. Estava nos braços de seu amor.
Luiza
a abraça feliz. Não lhe interessa os caminhos que Lisa percorrera as formas que
utilizara para se conscientizar de seu amor. Ela a tinha agora por inteiro. Só
isso lhe importava. Lisa lhe pertencia... para sempre.
As
duas chegam impacientes no prédio que moravam. Luiza ainda no elevador larga a
mala de Lisa no chão e a agarra sôfrega. Beija-lhe com ânsia despertando em
ambas o desejo. A loira a agarra pelos ombros e geme extasiada, as pernas
tremulas. Ansiosa pega a mão de Luiza e a põe entre suas pernas.
-
Vê... Sente o desejo que me desperta. Me come amor.
-
Safada!! Luiza abre o fecho da calça jeans de Lisa e busca com os dedos seu ponto
de prazer.
-
Meu Deus amor... quer me deixar louca! Arfa ao sentir o quanto sua mulher
estava molhada!
-
Quero... vem... me fode... mete em mim mete! Lisa se oferece a bela morena. Um
beijo ainda mais profundo acontece. As línguas saudosas do sabor amado não se
cansam de dançar embaladas no desejo de seus corpos.
Luiza
ergue a blusa de Lisa e afasta o sutiã, beijando-lhe os seios freneticamente
Enfia a outra mão no jeans da amada e segura sua nádega com força.
-
Você quer é? Então vai ter safada! Você é minha!
-
Sou... sua... só sua! Lisa geme alto e roucamente
Tentando
ajudar Luiza segura o cós do jeans e o desce até os joelhos.
-
Te amo Lu... te amo... vem...
Inesperadamente
o elevador para. Em choque, ambas olham as portas se abrirem. Luiza tenta
esconder o corpo de Lisa, mas o espelho atrás dela não deixava muito à
imaginação.
O
casal idoso para encabulado. A mulher chocada não tirava os olhos do espelho
que mostrava as mãos de Luiza ainda a segurar o quadril da amada. Encabulada
ela as retira e se vira para o casal.
-
Er... linda noite não!?
-
Que absurdo! Que pouca vergonha é essa? Alfred vamos embora!
O
tal Alfred não tirava os olhos do espelho. Sorrindo safado, pisca para Luiza e
diz.
-
Aproveitem! Tentando ver o rosto de Lisa emenda. – Só se é jovem uma vez!
-
Alfred venha já!!! Vou denunciar estas... moças ao condomínio. Pouca vergonha!
ALFRED!!!
O
velho hesitante e lamentoso solta a porta do elevador que se fecha lentamente.
Lisa sai de detrás de Luiza totalmente vermelha.
-
Meu Deus... Meu Deus!
Luiza
a olha com o rosto serio. Lisa se encontrava com a blusa erguida e a calça
abaixada ate os joelhos expondo a calcinha vermelha transparente. Lentamente o
rosto vai se transformando e ela solta uma gargalhada estrondosa. Lisa a olha
indignada, mas logo faz coro com a amada. As duas se abraçam fortemente. Nunca
a vida lhes parecera tão maravilhosa!!
Não importa o que o passado fez de
mim. Importa é o que farei com o que o passado fez de mim.
(autor desconhecido).
(autor desconhecido).
AMEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIII!!!
ResponderExcluiresse conto ta tudo de bom!!!!
MA-RA-VI-LHO-SOOOO
parabéns Mistery!!!!
já to anciosa pelo proximo capitulo
hehehe
o efeito do vicio pelos teu contos!!!kkk
bjokitaaax
nosssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssaa
ResponderExcluirque maravilha...
oh meu Deus..
ngm merece uma cena dessas no elevador..rsrs..
mais a saudade foi tanta né...
nossa..
muito bom..
maravilhoso msm esse capitulo...
a gente parece q sente na pele quando começa ler
uma transmiçao de energia delas pra gente..
aiai..
eu preciso achar uma namorada logo..rsrs
bj Mis..
amo demais...