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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Capítulo XX

- Mentira! Fala sério! Não acredito!
- Eu tô dizendo amor... O cara esteve lá como se fosse a ultima bolacha do pacote. O salvador das mulheres que não conheceram ainda o poder de um bom pinto!
Dramaticamente ao contar Luiza põe a mão sobre o peito em fingida emoção.
- Gente que cara de pau meu!
Lisa não consegue segurar a risada. As duas se encontravam na cama após momentos maravilhosos de êxtase e paixão.
- Que raiva! Se eu pudesse matava este sujeitinho! – A indignação aparece na expressão de rosto de Lisa. - Que homem sem noção. Sem vergonha! Coitada da Jô... – O rosto se anuvia. Um aperto no coração se faz presente. Balança a cabeça como a tentar fugir dos pensamentos.
- Pois eu tenho pena amor – Lu ante o rosto agora indagativo de Lisa continua sua ideia. – Pense bem. O cara é casado com uma bela mulher... que não passa de uma lésbica mal resolvida. Deve ser muito frustrante.
- Que isso Lu! Joyce não é lésbica.
Joyce a encara irônica.
- Não!?
- Bom... tá... eu... acho que ela é bi... é isso. Joyce é bissexual.
- Lisa acredita mesmo nisso?
- Eu... não sei Lu. – A loira solta um suspiro desanimado – Ela é casada há tanto tempo e... Bem, ela tem uma vida com o marido, seja boa ou ruim, tem.
- Certo, mas só pela atitude dele percebesse que algo não vai nada bem. Acredito que ela também deva ter atitudes que demonstrem alguma insatisfação. Diz encarando Lisa fixadamente. A mesma engole em seco.
- Lu... amor... na verdade... – Lisa a encara nos olhos. – Na verdade Joyce deu em cima de mim.
Luiza sente um pequeno aperto no coração. Não queria saber nada que acontecera em BH.
- Tudo bem Lisa... eu prefiro não saber e...
- Mas quero contar Lu! Não quero guardar isso pra mim. Por favor. – Lisa imediatamente se ajoelha sobre o colchão se inclinando ligeiramente sobre Luiza.
Esta respira fundo. Porque as coisas não podem ser simplificadas? Por que o ser humano tem sempre esta necessidade de expor os fatos quando tudo parece caminhar perfeito? Porque não simplesmente esquecer?
- Conte amor.
- Lu... quando você foi embora e me disse que resolvesse as pendências do passado, me senti desamparada. Totalmente desamparada. Hoje sei que o ultimato me fez bem... foi o melhor a fazer.
- Não foi ultimato Lisa!
- Claro que foi! E não me interrompa!
Luiza a olha com os olhos ligeiramente arregalados e brincando faz um sinal de fecho na boca.
- Bom... a partir dali Joyce resolveu que ia reviver o passado. Quando quis sair com Mari ela impôs antes uma saída com ela. E eu aceitei. – Olha Luiza cautelosa percebendo ao perceber o rosto dela se fechar. – Lu... eu... eu... fiquei com ela.
Luiza engole em seco. Taí. era exatamente isso que não queria ouvir.
- Para que está me dizendo isso Lisa? – Luiza se levanta da cama e sem se preocupar com a nudez começa a caminhar pelo quarto. – Que prazer é este de me expor os detalhes? É necessário realmente me expor fatos que só me magoam?
- Lu! Não é isso! Entenda... é como uma redenção. – Lisa levanta e se abraça a bela morena. – Amor... só assim pude perceber que o passado estava morto. – A abraça ainda mais forte como que querendo lhe tirar toda a tensão do corpo. – Lu... quando ela... tentou ficar comigo; e isso foi mais de uma vez, percebi que não era ela entende! Era você! Você que devia estar ali. Você! Foi como se tudo clareasse em minha mente.
Luiza suspira profundamente, passa as mãos no basto cabelo castanho e, com Lisa nos braços, volta para a cama de ambas.
O silencio se faz presente entre elas. Finalmente é interrompido pelo sussurro de Lisa.
- Lu... Você é meu amor. Joyce ficou no passado. O momento meu e dela passou. Agora somos eu e você. Tenho tanta certeza disso... tanta! – Num gesto repentino Lisa se levanta da cama - Me espera.
- Lisa? Luiza acompanha sua amada se retirar do quarto. Abaixa ligeiramente a cabeça e dá um suspiro triste. Não queria mais doía. Mesmo sabendo ter vencido a disputa pelo amor de Lisa doía saber que ela estivera nos braços de Joyce.
Observa Lisa voltar lentamente para o quarto.
- Li... Lisa.... Você... você... fez... amor com ela?
Lisa arregala os olhos.
- Lu!! Não!!! Não amor, eu não fiz. Eu sou sua. É com você que faço amor.
Devagar se aproxima da cama onde Luiza se sentara e se ajoelha aos pés desta.
- Eu queria fazer isto em outro momento com flores e um lindo jantar, mas... Prefiro fazer neste.
Olha amorosamente Luiza que a encarava surpresa e ergue as mãos que seguravam uma linda caixa de joia. Abri-a expondo duas belas alianças de ouro.
- Luiza quer ser minha esposa? Prometo lhe ser fiel, na saúde e na doença, até que a morte nos separe. – Seu olhar era de expectativa. – Quer?
Luiza, que odiava expor suas fraquezas, não consegue se conter e deixa as lágrimas virem aos olhos.
- Amor... Chorando baixinho, ajoelha-se também no chão e abraça a amada. – Você é tudo para mim. Te amo tanto! Dou a vida por você! Quero... quero.
Lisa pega a aliança e a coloca no dedo de Luiza.
- Ficou perfeito! – Sorri extasiada e fungando permite que as lagrimas lhe caiam dos olhos.
Luiza sorrindo, segura a outra aliança e a põe no dedo de Lisa.
- Prometo por toda minha vida amá-la e desejá-la, ser-lhe fiel, para todo o sempre.
As duas se abraçam entre lagrimas e sorrisos. O passado não mais interferiria no amor das duas. Assim estava escrito. Era o destino.

Mariana caminhava devagar por entre as árvores da pracinha do bairro. Suspirando senta-se no banco. Lisa partira ao encontro do amor. E ela? O que restava a ela? Lembra as palavras de Lisa sobre viver cada momento de sua vida, viver experiências. Abaixa a cabeça suspirando baixinho. ‘Lisa... Porque tenho que esperar? Porque você não enxerga que vim pra você? Eu sei... não me importa você ser mulher. Você é a pessoa que sou destinada. ’
Observa uma jovem que patinava entre as arvores. ‘Linda’ pensa sem, no entanto sentir nada mais. Diferente de quando olhava Lisa e queria abraçá-la, beijá-la, senti-la.
Suspira baixinho. Lisa tinha razão. Esta era a verdade. Cada pessoa tinha o livre arbítrio de fazer seu destino. E Lisa escolhera Luiza, a morena alta, arrogante e simpática. Quem era ela para interferir naquele amor?
Observa a jovem que patinava cada vez mais perto de onde estava sentada. Esta sorria a cada volta pela praça numa clara tentativa de aproximação.
‘ Você tem razão Lisa. É preciso viver. A vida continua. Está na hora de eu começar a minha. ’ E sorri para a jovem que devagar para a sua frente e começa a puxar um papo agradável. Mariana começava o seu caminho de amores e descobertas.

Joyce assistia à televisão trocando os canais aleatoriamente. Nada lhe parecia interessante. A casa estava vazia. Os gêmeos estavam com os avôs paternos e Mariana caminhava pelo bairro. Os olhos se enchem de lagrimas quando, mais uma vez, relembra os momentos com Lisa. ‘Lisa’ sussurra baixinho. Balança a cabeça tentando segurar as lágrimas. Será que realmente escolhera o caminho certo? Era feliz?
Ouve a porta da frente se abrir e Carlos adentrar pela mesma segurando a mala. Os olhares de ambos se encontram. Olhares cheios de culpa e mágoa. Carlos suspira e caminha em direção a esposa.
- Jô... Nós precisamos conversar.
Joyce abaixa a cabeça. Não queria discutir, não queria explicar. Nada lhe importava.
- Jô... Eu não tô feliz... Nós não estamos felizes.
A morena ergue o olhar surpreendida.
- Sei que não estou sendo um marido presente, nem um pai legal pros meninos. Mas quero tentar. – Carlos se vira para a esposa. – temos uma história Jô. Uma história que vale a pena acreditarmos. Você... acredita nisso?
Joyce observa o marido atentamente. Percebe em sua têmpora pequenos fios de cabelo branco que antes não havia ali. Uma ternura acende em seu coração. Não o amava. Amou a ideia de amá-lo. Mas Carlos era um bom homem. Com defeitos e qualidades, mas um bom homem. Devagar estende os braços e Carlos se aconchega neles. E ali permanecem juntos, unidos por uma vida em comum, por um carinho perdido, mas não irrecuperável. Somente o futuro dirá se o caminho escolhido é o certo. No momento o importante é tentar. Acreditar. ‘Você não tem nada a perder Jô. Você tem uma família linda e maravilhosa. Está mais que na hora de viver para eles’.

Um ano depois

-Amor!! Cheguei!
Lisa caminha pela sala jogando a pasta sobre o sofá
- Luiza?
Caminha pelo apartamento surpresa de não ver a esposa em lugar alguém. Suspira tensa e se joga no sofá. ‘ Que dia!’
O dia fora corrido e ainda pela tardinha tivera que atender um paciente a domicílio. Odiava essas eventualidades, mas o colega que o fazia estava de licença médica.
‘ Mas... Onde diabos está Luiza?’ Busca o celular na bolsa e liga para a amada. Nervosa vê o telefone cair na caixa postal. ‘Vou matar aquela amazona. Custava ao menos deixar um recado de onde ia?’
Levanta-se e tirando a roupa pelo caminho entra debaixo do chuveiro. Deixa água escorrer pelo seu corpo permitindo-se relaxar debaixo d’água. Por longos minutos permanece ali se deliciando com o frescor da água. Coloca um roupão e caminha em direção a cozinha. Ao fechar a geladeira se surpreende com o bilhete colado na mesma.
Pega-o curiosa e ri logo a primeira frase escrita.

Minha querida esposa. Depois de esbravejar bastante contra minha pessoa, tomar seu banho e se acalmar eis que encontra o tão esperado bilhete (pois é tsts. A cozinha é seu ultimo refugio na casa que sei).
É duro ser casada com alguém que lhe conhece tão bem.

Agora meu amor, coloque um belo vestido e me encontre neste endereço. Por favor, não demore. Estou ansiosa para vê-la.
Te amo minha amada.
Lisa olha o endereço e sorri feliz. Luiza era sempre uma surpresa. Caminha em direção ao quarto e escolhe um belo vestido branco que ajustava divinamente bem nas curvas de seu corpo. Tira da cômoda uma bela combinação e a olha pensativa. Sorrindo safada volta-a para a gaveta. ‘ Você não é a única que gosta de surpresas aqui Lu’. Já vestida maquia-se suavemente e chama um taxi. Pelo caminho sorri extasiada. A noite prometia ser maravilhosa.

O hotel era um dos mais chiques de SP. Dá o nome na recepção que imediatamente lhe entrega a chave da suíte principal. Ignorando o olhar curioso do rapaz atrás do balcão Lisa balança a cabeça sorrindo ‘ Luiza é louca! Suíte principal?’. À sua entrada no elevador imediatamente o recepcionista liga a suíte avisando Luiza de sua chegada.
Abre a porta vagarosamente e se surpreende com a bela mesa ao centro da sala. Duas lindas velas acesas davam ao ambiente um ar deliciosamente romântico. Respira enlevada e percebe um sutil perfume de rosas. Caminha em direção ao quarto e sente o coração aquecer diante da maravilhosa cama repleta de pétalas de rosas vermelhas.
- Eu te amo Lisa.
Emocionada Lisa se vira para a porta do quarto e vê Luiza, maravilhosa em um lindo vestido negro, lhe estender uma taça de vinho. Devagar se aproxima da amada e pega a taça.
- Amor... eu...
Luiza coloca suavemente um dedo em sua boca lhe silenciando.
- Hoje faz exatamente um ano que minha vida mudou. Encontrei o amor de minha vida.
Lisa surpresa franze a testa.
- Hoje? Mas ainda não é nosso dia amor!
Luiza sorri amorosamente. Lisa nunca cansava deste sorriso. Ele lhe pertencia. Luiza, em todo este ano de convivência, nada mudara na forma de tratar as pessoas. Cada dia mais arrogante e dona da verdade reservava apenas a ela seu lado doce e suave.
- Lisa... exatamente no dia de hoje nos conhecemos. A vi pela primeira vez e soube que você era meu destino. – Estende a mão e toca o rosto amado – No dia de hoje o amor se fez presente em minha vida e em todos os dias vindouros. A felicidade passou a fazer parte de minha existência. Amor... nunca imaginei merecer tanto!
Lisa não consegue conter o soluço que lhe vem da garganta. Abraça Luiza emocionada.
- Você também me faz a mulher mais feliz do mundo Lu. Obrigada. Obrigada por não ter desistido de mim.
O beijo começa suave e delicado. Mas logo a paixão, constante em suas vidas, se faz presente e o beijo se torna profundo e impaciente. Luiza, tentando conter o fogo que se instala dentro de si, afasta Lisa com dificuldade de seus braços.
- Não é assim que planejei a noite.
Estende a mão para Lisa e a encaminha para a mesa onde um delicioso jantar as aguardava. A conversa flui animada e conflitante entre elas. Quase nunca suas opiniões batiam e sempre uma queria mostrar a outra que estava certa. Ao final riam divertidas com o debate e brindavam a forte personalidade de ambas. Tudo era uma suave e deliciosa rotina em suas vidas.
Após o jantar Luiza se ergue e caminha em direção ao som e colocando um CD para tocar. Estende a mão à loira convidando-a a dançar.
A música “In my life” dos Beatles ecoa no silencio da sala. As lágrimas começam a correr dos olhos de Lisa. Era a sua musica preferida.

In my life

There are places I remember
All my life though some have changed
Some forever not for better
Some have gone and some remain

All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I've loved them all

But of all these friends and lovers
There is no one compared with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new
Though I know I'll never lose affection

For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I'll love you more
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life I'll love you more
In my life I'll love you more...

Tradução

Há lugares de que me lembro
Toda minha vida, apesar de alguns terem mudado
Alguns para sempre, não para melhor
Alguns se foram, e alguns permanecem

Todos esses lugares tem seus momentos
Com amores e amigos que eu ainda me lembro
Alguns estão mortos e alguns ainda vivem
Em minha vida, eu amei todos eles

Mas de todos esses amigos e amores
Não tem nenhum que se compare a você
E essas memórias perdem o sentido
Quando eu penso no amor como algo novo
Apesar de saber que nunca vou perder o amor
Pelas pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que sempre vou parar e pensar neles
Em minha vida, te amo mais

Apesar de saber que nunca vou perder o amor
Pelas pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que sempre vou parar e pensar neles
Em minha vida, te amo mais

- Eu... Nunca ouvi essa versão. Soluça apoiando a começa no colo de Luiza que delicadamente a conduzia na dança.
- É uma versão na voz de Dave Matthews. Achei que ia gostar – Luiza sussurra baixinho no ouvido de Lisa.
- Eu amei. Amei! Ergue a cabeça e beija a morena procurando no gesto mostrar todo a amor e paixão que explode em seu peito.
- Amo você amor. Amo você.
Luiza geme suavemente quando percebe o beijo se transformando e a paixão dando lugar ao carinho. Aperta a cintura amada e desliza as mãos para os quadris. Surpresa arregala os belos olhos castanhos.
- Lisa você está sem...
- Pensa que só você sabe surpreender meu amor? Lisa dá um sorriso safado ainda com os olhos cheios de lagrimas.
- Sua safada! Vem aqui!
As duas caem sobre a cama repleta de pétalas vermelhas e começam o suave balé das amantes. Luiza desliza o vestido pelo corpo perfeito e admira extasiada o corpo de Lisa. Nunca se cansaria de sua beleza.
- Você é tão linda!
- Você é mais meu amor. Sabe... – Lisa toca a bela covinha do rosto moreno. – Ainda não consegui ver o duende que se esconde nesse cantinho.
- Ah amor... é porque ele só aparece para velar seu sono. – Luiza pisca o olho matreira.
- Ah... assim não vale - Começa esfregar o corpo no de Luiza tocando-a mais intimamente – Ainda vai continuar vestida?
Os beijos apaixonados os toques exigentes, tudo parecia pouco às duas belas mulheres. Os gemidos roucos, a paixão evidente tão somente era uma pura demonstração do amor presente.
Lisa grita em êxtase ao sentir o orgasmo enlouquecedor e se entrega confiante nos braços morenos. Acompanha feliz sua amada gemer enrouquecida, também em êxtase e sorri feliz. Adorava ouvi-la, tocá-la, satisfazê-la.
- Satisfeita meu amor?
Luiza ergue a cabeça com um ar malandro.
- Ainda não amada. Não lhe dei o presente.
- Presente – Lisa se empolga. Adorava ganhar presentes. Observa Luiza se erguer da cama e se aproximar da sacola ao lado da cortina. O sorriso congela no rosto ao vê-la tirar da mesma um enorme vibrador cor de rosa.
- Mas... o que é isso? Sente o sangue gelar nas veias.
- Gosta? Luiza empolgada não repara os olhos da amada se arregalarem ainda mais ao ouvir o barulho do vibrador que começa a tremer e girar suavemente.
- Vê amor... tem três velocidades. Dezoito centímetros de prazer. – Olha irônica a amada.
- Eu... eu... NEM PENSE QUE VAI COLOCAR ISSO EM MIM!
Luiza a olha surpreendida. Sorri tranquilamente procurando acalmar Lisa.
- Calma amor... tudo vai dar certo. Olha, não é o único presente que comprei.
Lisa sente o coração acelerado. Respirando fundo varias vezes pergunta cautelosa.
- E o que mais tem?
Luiza abre um sorriso enorme.
- Lubrificador!! Grita alegre tirando um enorme tubo a base d’água da sacola.
- Nem vem!!!
Lisa pula da cama já em pânico. Luiza gargalha e pegando rapidamente algo na sacola que Lisa não tem tempo de ver, sai ao encalce da loira.
- Fica longe Luiza!! Tô fora! Sai pra lá!! Ergue as mãos para frente tentando impedir que a morena alcançasse seu corpo. Qual não é sua surpresa ao ver ambas as mãos
presas numa algema forrada de forma a não machucar seus punhos.
- Que isso? Tira isso de mim!!!!
- Nem por sonhos Lisa. Você agora vai me servir.
- Luiza!! NÃO!!!
Lisa tenta por todas as formas impedir Lu de levá-la de volta a cama. Mas não era páreo para a força da morena. Impotente, quase em desespero vê a morena prende-la na grade da cabeceira. Indefesa, observa Luiza admirar seus seios.
- Você me fascina.
- Lu... Por favor, faz tudo... Tudo que quiser... Mas não mete... aquela coisa em mim.
- Amor... Luiza a olha condescendente – Sinto lhe dizer, mas quem manda aqui... SOU EU!! – Toca-lhe o rosto levemente - Não precisa ter medo amor. Você vai adorar.
E agarra os seios claros chupando-os loucamente. Lisa se contorce de prazer e medo. Sente-se molhar cada vez mais com os beijos e toques de Luiza e uma expectativa de desejo e medo toma conta de seu ser.
- Amor... Amor... Não...
Geme roucamente ao sentir suas pernas abertas e dedos lhe penetrarem o sexo fortemente. Luiza começa um movimento de vai e vem que enlouquece Lisa. Seus gemidos são altos e prazerosos. Perdida num orgasmo delicioso não nota Luiza lubrificar o vibrador. Arregala os olhos em choque ao sentir algo grande e volumoso penetrá-la
- Não!! Não!! - Em desespero, tenta de todas as formas impedir que o dildo fosse colocado dentro de si. Indiferente aos gritos da amada Luiza a penetra cada vez mais fundo e liga o vibrador. Lisa grita ainda mais alto, não sabe descrever se era de prazer ou dor. Tudo se misturava dentro de si. O movimento de vai e vem junto à vibração despertam um vulcão de sensações fortes dentro de si e espasmos violentos tomam conta do corpo delicado.
- Não... pare... não quero... ahhhhhhh
- Você gosta sua sem vergonha! Sente... sente! - E penetra a loira ainda mais fundo sentindo seu próprio sexo contrair só de ver o prazer da amada.
- Deus... Deus... Lu... Luuu! Merda! Me solta!! DEUS!! Aiii!
- Goza safada! Goza! – Luiza quase não conseguia conter o próprio prazer só de ver a amada em convulsões de prazer. E quando Lisa geme num orgasmo forte e intenso, Luiza solta um grito extasiado. Nunca o prazer lhe fora tão satisfatório. Lisa lhe completava.
Luiza ainda tenta recuperar o fôlego quando sente pequenos empurrões no corpo.
- Merda Luiza... – Lisa com os quadris a empurrava quase em desespero. – desliga essa porra... eu não aguento mais.
Luiza quase desfalecida desliga o vibrador e o tira sem nenhum cuidado de dentro de Lisa.
- AII!! Merda!! Quer me arrancar a buceta fora? Sua... pervertida!!!
- Ai amor... desculpe... eu... tô exausta. - Luiza se deixa cair novamente ao lado da amada. Estava impressionada com o orgasmo que tivera. Fora um prazer mais emocional que físico. E isso a deslumbrava. Fora tão bom!
- Vai é morrer se não me soltar dessa merda!! Porra! ME SOLTA JÁ LUIZA!
- Meu Deus Lisa. Nunca vou me acostumar a essa sua boca suja. – Levanta-se com dificuldade e liberta Lisa das algemas. Esta esfrega os pulsos e observa a morena se jogar sobre a cama de bruços. Um sorriso sem vergonha começa a surgir em seu rosto ao ver a morena totalmente relaxada e distraída. Pega a algema e num golpe rápido e certeiro se coloca sentada sobre a morena prendendo- lhe o pulso esquerdo.
- Que isso?
Sem responder e sem deixar que a morena tivesse tempo de reagir Lisa passa a algema pela grade da cabeceira e a prende no outro pulso. Luiza sente o coração contrair. Detestava se sentir indefesa.
- Lisa para com isso. Me solta.
- Mesmo? – Lisa ainda se recuperando do orgasmo enlouquecedor que tivera, pega o vibrador e o olha quase clinicamente.
- Nossa amor! Olha só! Tem até o formato das veias. Que nojo!
- Lisa!  Me solta. - Luiza ergue a cabeça o máximo que pode e olha indignada a esposa. – E não se faz de inocente! Sei que já viu muitos desse.
- Fica quieta ai. Puta merda. Você meteu tudo isso dentro de mim. Sua sádica!
- Lisa!! ME SOLTA!
Lisa a olha inocentemente. Sem responder se levanta e caminha em direção ao banheiro. Luiza escuta a torneira se abrir e fechar
Lisa volta tranquilamente ao quarto, linda em sua nudez, e vagarosamente pega o lubrificador esquecido sobre a cama.
- Lisa! Para já com esses pensamentos! Eu já gozei!
A loira analisa detalhadamente o vibrador para ver se o tinha lubrificado totalmente. Depois volta o olhar sorridente para Luiza.
- Quem é mesmo a dona aqui?
- LISA!
Ajoelhando-se sobre a cama Lisa força as ancas morenas de forma a colocar Luiza de joelhos. Observa cheia de desejo o sexo de Luiza. Ver a morena indefesa e de quatro era para ela uma experiência única. Não podia deixar de aproveitá-la.
- Como você disse mesmo Lu? Você vai adorar. – Diz com a voz ligeiramente tremula.
- Lisa... vamos conversar. Não é assim que as coisas funcionam, não é... ahh!!!
Luiza grita surpresa. Lisa num único movimento penetrara-lhe fundo com o vibrador. Ao senti-lo todo dentro de si Luiza geme quase lamentosa. Lisa liga o vibrador e começa a movimentá-lo quase que violentamente.
- Sinta gostosa. Você também quer. E bate nas nádegas morenas como a querer reforçar suas ordens. Luiza começa a acompanhar com os quadris o movimento do dildo.
Luiza sente o orgasmo próximo, mas quando este parecia vir tudo para repentinamente.
- O que? O que? O QUE?? LISA!! NÃO PARA!
Lisa a olha irônica.
- Quem manda aqui?
- Lisa pelo amor de Deus, não faz isso! Luiza tenta soltar as mãos desesperada.
- Quem manda aqui?
- Você merda! Mete logo!
- Quem é sua dona?
- Droga! Você! Você! Mete!!!
Lisa já totalmente tomada pelo desejo de satisfazer à amada a penetra novamente com o dildo ligado e começa um movimento intenso de vai e vem. Acomodando-se melhor atrás da morena penetra o dedo em Luiza e sente esta se contrair.
- Lisa? Onde diabos está metendo este dedo? Lisa? Meeeuuu... Deusss... Eu... vou... gozar... eu...
Luiza sem inibições solta um grito rouco e satisfeito. O prazer era louco. Se debate sobre a cama estremecendo a cada estocada que recebia de Lisa. Ao final se deixa cair sem forças sobre a cama.
- Você... é... louca. – Diz com a respiração entrecortada.
- Louca por você amor... louca por você... - Responde Lisa distribuindo vários beijinhos pelas costas morenas.
A noite fora perfeita.
O tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito.
 (Charles Chaplin).

Um comentário:

  1. Esta simplesmente, massa o capitula. Adoro o amor da Lisa com Luiza. Selvagem e ao mesmo tempo puro, e verdadeiro.
    Beijão....
    A cada capitulo, eu amo mais esta historia.

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