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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Capítulo XVII


Paula olha as horas. ‘Quase 12h e Lisa não se levanta’. Estava preocupada, pois sabia que a filha saíra na noite anterior com Joyce. Ainda pensava se a acordava ou não quando a campainha toca.
Mariana sorri quando Paula abre o portão.
- Ei madrinha! Lisa já tá pronta?
- Ei Mari. Filha, ela ainda nem levantou.
- Como não!? Ficamos de passar a tarde no shopping – Mariana faz um ar de decepção, mas este não dura muito tempo. – Vou lá acordá-la. Vim mais cedo pra almoçarmos juntas.
Paula prefere silenciar e com o olhar acompanha a afilhada ir em direção ao quarto que Lisa dormia. Balança a cabeça preocupada. ‘ Detesto sentir que algo de muito errado pode acontecer. Lisa e problemas parecem caminhar juntos em BH’
Mariana abre a porta do quarto vagarosamente. O ambiente já bem claro iluminava a silhueta de Lisa sobre a cama. Devagar se aproxima e percebe no rosto da loira uma expressão tensa e olheiras bem profundas. Sua expressão se modifica de alegre para preocupada e com movimentos cautelosos senta-se na beira da cama. Desliza o olhar sobre o corpo de Lisa vislumbrando os contornos deste por baixo do lençol que a cobria. Suspira enlevada e assim permanece a velar pelo sono de Lisa por longos minutos.
- Ela não acordou Mari?
Mariana salta da cama ao chamado da porta. Assustada vê Paula a encarando interrogativa.
- Er... não ...eu... Tô com dó de acordar ela. Tá dormindo tão gostoso!
- Pois trate de acordá-la. Já é meio dia. Isso não é hora de estar na cama – Paula olha a filha preocupada.
- Ok madrinha, já vou acordá-la.
Mari acompanha Paula sair do quarto e volta o olhar para Lisa. ‘ Dó viu. ’
Aproxima da cama e sacode Lisa delicadamente.
- Li? Acorda. É meio dia. Acorda vai.
- Ai me deixa! Lisa se vira de costas e põe o travesseiro sobre a cabeça.
- Li, sua mãe tá chamando... Olha acorda. A gente combinou sair lembra? – Mari mais uma vez sacode Lisa delicadamente.
Lisa ouve uma voz ao longe, mas ignora. Resmunga baixinho e volta a dormir.
- LISA ACORDA!!!
Lisa grita e levanta apavorada olhando para os lados assustada.
- TÁ LOUCA!
Mariana põe a mão na boca. Às vezes usava este método para acordar a mãe, mas esta nunca dormia nua. Seus olhos deslizam deslumbrados por todo o corpo de Lisa. ‘ Uau... uau... uau... UAU’
- Mariana? Que faz aqui?
Lisa põe a mão sobre o coração e respira fundo.
- Mariana?
A loira vê o olhar da jovem fixo nela e se olha indagativa. Nua! Ela estava nua!
- Hã... Acho que já viu uma mulher nua antes acredito.
Mariana desvia o olhar dos seios delicados.
- Eu... já... na academia é um desfile.
Lisa caminha pelo quarto tentando aparentar naturalidade. Nunca tivera inibições com seu corpo, mas aquela jovem de 15 anos conseguira com um olhar constrangê-la.
Abre a gaveta pega a roupa de baixo e sem olhar Mariana caminha em direção ao banheiro.
- Vou tomar um banho rápido. Um minuto ok.
Mari acompanha Lisa descaradamente em direção ao banheiro. Não conseguia desviar o olhar de Lisa.
- Er... Você percebeu as horas Li?
Lisa sem graça de fechar a porta na cara da jovem entra no Box e liga o chuveiro.
- Não Mari. Que horas são?
- Meio-dia.
- QUE?
- Pois é. Eu vim ver se podíamos almoçar no shopping.

Lisa suspira tensa. Não conseguira dormir bem à noite. Ensaboa o corpo sem se aperceber que sua silhueta era visível a Mari que se encontrava sentada no vaso sanitário. Mari não sabia explicar o que estava sentindo. Acompanha Lisa passar o sabonete sobre os seios e descê-lo ate a virilha. Não consegue desviar o olhar do sexo de Lisa mesmo quando esta para de ensaboá-lo. O coração dispara quando Lisa vira-se de costas para ela. Começa a sentir um calor sufocante e sem ar se levanta e caminha para fora do banheiro.
- Vou à cozinha ver se madrinha quer alguma coisa.
E sai praticamente fugida dali. Já no quarto geme assustada. Ergue as mãos e as observa tremulas.
‘ Mari idiota, você pra ela é uma adolescente. Uma criança. Ela nem ligou de ficar nua na sua frente. Nem te vê como mulher. ’ Suspira procurando acalmar o coração. Queria tanto ser mais velha. Sem se aperceber os minutos vão passando e ela ali... parada no meio do quarto.
- Uai Mari, não foi na cozinha?
Mari dá um pulo apavorada.
- Caraca!!!! Quer me matar? Que susto!
Lisa gargalha divertida.
- Bem feito! Tá descontado.
Só de calcinha e sutiã vai ate a mala de onde tira um jeans justo e uma blusa de alcinha.
- Parece que o dia esta quente né. Comenta observando a forma que Mariana se vestia. Esta usava jeans justo e uma mini blusa verde que realçava os olhos delineados com rímel.
- Super quente. – Mari se sentia sem palavras. Só sabia observar Lisa que após se vestir vai em direção ao espelho. Acompanha com o olhar Lisa escovar os longos cabelos e aplicar uma suave maquiagem no rosto.
- Tudo bem Mari? – Lisa observa a jovem pelo espelho. Percebia o olhar fascinado da mesma, mas não punha maldade nele.
- Tudo... Mari se senta sobre a cama e suspira.
Lisa se vira para ela. Estranho; Mari era a cara de Joyce, mas ao mesmo tempo era tão diferente.
Joyce carregava uma energia muitas vezes sufocante. Era agitada e extrovertida. Mariana já parecia ser mais ponderada, fechada.
- Está tudo bem Mari?
- Ah? – Mari olha surpreendida para Lisa – Está sim... Por quê? Parece não estar?
O ar de culpa no rosto da jovem deixa claro que esta escondia algo.
- Não... Não parece. Foi só uma pergunta. Bem... Vamos sair?
Já no shopping as duas andam e se divertem olhando vitrines e comentando as roupas da moda. Lisa não consegue deixar de comparar Mari com Joyce. Em sua mente voltam as lembranças das duas adolescentes rindo e brincando no shopping... A briga, a raiva que sente quando Junior atrapalha o programa das duas. Parecia tudo tão distante. Tudo mudara, inclusive elas. Devagar se vira para Mari que ria e caminhava contando casos da escola. Como ela era diferente de Jô e até dela mesmo. A postura era mais adulta, as conversas mais centradas. Mari para de falar momentaneamente e a olha encabulada. Nesse momento Lisa se apercebe que a estava encarando fixadamente.
- Desculpe Mari... Não pude deixar de fazer comparações entre você e Joyce. Vocês são tão diferentes.
Mari para e volta o corpo para a loira. Os olhos verdes e profundos não revelavam seus pensamentos. Impressionante como seus olhos eram brilhantes e misteriosos. Não pareciam pertencer a uma jovem de 15 anos. É como se fosse um espírito velho no corpo de uma jovem. ‘É isso’, pensa Lisa ‘ os olhos são o espelho da alma’.
- Talvez sim Lisa, talvez não.
Volta a caminhar, desta vez em silencio. Lisa lhe acompanha os passos também calada.
- Sabe Lisa. Muitas pessoas dizem que pareço com minha mãe. Tento realmente ver isso, mas não dá. Sou geniosa sim, mas não carrego aquela carga que minha mãe carrega.
- Carga?
- Sei lá. Um peso sabe. Eu... Minha mãe não é feliz. Ela finge ser, mas não é. Fico boba como ela deixa as coisas acontecerem e finge não ver. Eu não sou assim. Eu gosto de pensar que sou mais corajosa sabe. Falando serio Lisa, me espelho muito em você.
- Em mim?
- É... Quando soube que você gostava de... mulheres eu nem liguei. Ao contrário, amei a forma como você assumiu sabe. Tenho raiva quando falam mal de você e tal. Pra mim é exemplo. Posso te perguntar uma coisa?
- Hã... Pode.
- Minha mãe cortou relação com você porque revelou que era sapa... er... lésbica?
Lisa engole em seco. Como responder sem mentir?
- Bom Mari... Isso é um assunto delicado. Me impressiona você aceita-lo tão bem.
- Nem sei se aceito sabe. Na verdade eu acho tão natural, sei lá. Não vejo nada demais. Pra mim é a mesma coisa Li. Acho pior quando vejo essas meninas que ficam direto com os caras por ai. Sabia que na minha sala até fazem apostas de quem fica com mais carinhas na noite? É ridículo demais meu! Prefiro a sapata ali que curte sua menina e fica na dela à putinha da escola. É muito mais gente.
- Vou ignorar o termo sapata – Lisa diz rindo – mas gostei de sua posição.
Mari põe a mão sobre a boca.
- Ui Li não disse pra ofender.
- Não ofendeu linda. Lisa sorri e passa o braço por seu ombro.
- Mas ainda não me respondeu de minha mãe Lisa. – Ante o silencio da loira continua – Eu tenho uma lembrança vaga de um dia que você foi à minha casa e vocês duas brigaram. Sei que você foi embora sem despedir e minha mãe... Ela chorava igual um bebê. Nunca tinha visto minha mãe chorar assim. Talvez por isso guardei este dia na memória.
Lisa estremece. Este dia também não sumia de suas lembranças. Balança a cabeça como a afastar os fantasmas do passado.
- Mari... Tem muitas coisas que contribuíram para que eu e sua mãe nos afastássemos. Mas com certeza o rompimento final foi porque eu resolvi me assumir. Minha família já sabia e aceitava. Com certa dificuldade, mas ficaram de meu lado. Já sua mãe... ela... temeu o falatório e tudo mais. E não quis mais nossa amizade.
- Mas Li, burra dela! Você sempre esteve do lado dela. Como ela te faltou quando você precisou?
- Mari, na verdade foi uma decisão mutua. Eu também não quis mais manter a amizade. Infelizmente a vida muda as pessoas. Eu e sua mãe mudamos.
- Mas não entendo!
- Melhor assim Mari. Quanto menos pessoas entenderem melhor. O que você tem que fazer é pensar no presente e futuro. Sua mãe pode ter seus defeitos, mas lembre-se que ela não impediu que você mantivesse contato comigo, mesmo com nossas desavenças ok.
- Eu sei...
Mariana encara Lisa encabulada. Gostaria de conversar com ela sobre seus conflitos, seus sentimentos. Mas algo em seu interior dizia que se mantivesse em silêncio. Lisa não era a pessoa que nesse momento a compreenderia e apoiaria.
- Vamos comer? Tô varada!
Lisa ri e acompanha Mari. A tarde prometia ser prazerosa e relaxante.
Luiza novamente pega o telefone para discar para Lisa. E novamente o põe no gancho. Nenhum contato, nem terça, nem quarta. A tensão deixava marcas em seu rosto. Tudo bem que decidira dar espaço para Lisa, mas esquecera que o coração nem sempre acata as decisões da mente.
O telefone toca a tirando de seus pensamentos.
- Oi, diz meio grossa.
- Hã... Doutora Luiza... Telefone para a senhora... É a Doutora Lisa.
- Lisa!!! Passa logo menina! Ansiosa aguarda a transferência da chamada.
- Lisa?? Lisa?
- Lu!!! Que bom te ouvir!!
- Lisa! Ei! Que barulhada é essa?
- Estou no shopping com Mariana! Vamos almoçar e depois estamos pensando em ir ao cinema. Mas liguei para saber de você.
- Eu estou bem amor... E por ai?
- Razoável.
- Por quê?? Acontece algo? Você... fez algo?
- Hum... Conversamos ai. Mas... nada aconteceu para temer ok. E... Estou com muitas saudades Lu. - A voz de Lisa abaixa o tom - Você me faz falta amor.
- Li...
- Sinto falta de seus braços, de seu toque, de você.
Luiza respira saudosa.
- Você... volta?
Lisa percebe as varias perguntas não ditas em cima da pergunta feita.
- Volto. Eu volto. Lu tenho que desligar. Te ligo a noite ok. Beijos amor.
Luiza põe o fone no gancho. Percebera um tom inseguro na voz de Lisa. Ainda assim o coração parecia mais leve.
‘ Quer saber? Vá à merda Lu, você e seu ultimato ridículo. Lisa não terá chance de escolha. A opção dela será eu... ou eu. ’
Levanta-se da cadeira, a pose mais arrogante que nunca. Sentia-se confiante. Nada como recuperar o velho ímpeto. ‘ Burrice Lu, você entregando seu amor assim de bandeja pra mongol mineira. ’
Uma suave batida na porta lhe tira de seus pensamentos.
- Doutora Luiza? – A enfermeira adentra o consultório. – tem um senhor a sua procura na recepção.
- Senhor? Tenho alguma consulta marcada para este horário?
- Não senhora. Ele disse que é um amigo seu.
Um tanto surpresa e desconfiada Luiza caminha em direção a recepção.
Qual é a sua surpresa ao ver parado a sua espera... o marido de Joyce.
Carlos sorri quando vê Luiza caminhar em sua direção. A mulher era realmente de parar transito. Uma beleza madura, forte e atraente.
- Er... olá? –Luiza não consegue esconder a surpresa ante a presença do marido de Joyce.
- Olá Luiza! Que bom vê-la. Espero não ser uma surpresa desagradável.
- Mas... Como? Quer dizer... como sabe que trabalho aqui?
- Bom Marcos, no dia da festa, me disse o nome da clinica aqui em SP onde a filha trabalhava. Como disse que trabalhavam juntas foi fácil. - Sorri carismático ciente do poder que exercia nas mulheres. - Mas espero não estar sendo inconveniente. O caso é que estou a trabalho em SP e não vi mal em vir vê-la e convidar para almoçarmos juntos.
Luiza suspira exasperada. O cara não via mal?? Santa paciência!
- Olha... Carlos não é!? Infelizmente eu não posso sair para almoço. Tenho um cliente daqui a alguns minutos. Mas espero que sua estadia corra bem em SP.
Vira-se para se retirar, mas Carlos a segura pelo braço.
- Bom... e um jantar? Reconheço que fui impulsivo vindo aqui sem avisar, mas... poderíamos jantar juntos? Olha você não se arrependeria. Acredito que vai adorar. Sei ser... prazeroso quando quero.
- Prazeroso e atirado pelo que vejo.
- Ora Luiza. A vida é curta. E sempre nos surpreende. Aprendi que não devemos perder tempo. E gostei de você.
- Deixe-me entender. Você gostou... e então decidiu vir a meu encontro. Estou certa?
- Exatamente!
Luiza o encara séria. Suspira, tira a mão de seu braço e com um gesto convida Carlos a acompanhá-la ate uma sala reservada.
- Carlos, melhor me acompanhar. Acho que... precisamos conversar melhor.
Carlos feliz a acompanha. Não existiam mulheres sapatas. Existiam mulheres mal amadas e servidas. Logo Luiza entenderia o que estava perdendo e estaria em seus braços.
Já dentro da sala Luiza se vira devagar para o espécime masculino a sua frente.
- Bem Carlos... o chamei aqui por um motivo obvio. Gostaria que fosse claro em seus objetivos.
- Como? Ora Luiza, não existe motivos. – Carlos sorri simpático. – Você é amiga de Marcos e Paula que são pessoas que quero muito bem. Sou sempre aberto a novas amizades.
- Também os quero muito bem Carlos. – Arrogante Luiza o encara agora mais firmemente. – Até porque são os pais de minha namorada. E como tal não acho conveniente sair com você.
Carlos sente o colarinho de a camisa apertar seu pescoço. Não esperava que Luiza fosse tão direta.
- Er... eu não sabia. Mas... que mal há nisso? Podemos ainda assim nos divertir na companhia um do outro.
- Ok Carlos... serei ainda mais direta. Não me interessa fazer amizades com sua pessoa. Não tenho porque almoçar ou jantar com alguém que não tirou os olhos de meu decote na festa da própria filha, sentado ao lado da própria esposa.
- Você esta enganada Luiza. - Carlos apura o corpo e fecha a expressão buscando intimidar a medica. – Não existe segundas intenções em meu convite.
- Mesmo? Faz isso com todas as pessoas que conhece em festas?
- Não, claro que não. Você esta me interpretando errado.
- Então vejamos. Será que você não seria mais um que acredita que eu, como lésbica, preciso na verdade de um bom macho para conhecer o verdadeiro prazer sexual?
Carlos emudece e encara a medica surpreendido.
- Carlos... esse discurso é tão tediante. Vocês homens não o mudam. Sinceramente, se quer trair sua esposa busque alguém que goste do que tem abaixo da cintura ok. Agora se puder sair de minha sala agradeço.
- Você se acha mesmo hem doutora Luiza? Estou surpreso. É uma pena, mas terei que decepcioná-la. Acredita realmente que vim com esta intenção? Eu vim aberto a uma amizade. O fato de você ser lésbica não me incomoda. Se não queria sair comigo bastava um não.
- Ok. Não.
- Não?
- Não. – Luiza o olha irônica.
Carlos sente a raiva e decepção brotar dentro de si. Raramente uma mulher não se deixava levar por seu carisma e simpatia. Olha a bela mulher a sua frente e novamente o inconformismo se instala dentro dele. A desejava e ela vinha dizer não? Que era... sapata? A frustração o dominava.
- Sinceramente, não entendo realmente você gostar de mulheres. Nunca será uma relação completa. Isso não é normal!! A mulher foi feita para o homem e não existe outra opção. Não é coisa de Deus!
- E é coisa de Deus você pegar um avião, vir a outro estado e trair e desrespeitar sua esposa. Seu Deus é bem conivente. – Luiza cruza os braços e o encara com falsa benevolência.
- Isso não lhe diz respeito. - Carlos se aproxima de Luiza. – Olha se dê uma chance. Vai gostar de estar comigo eu garanto.
Luiza longe de se sentir intimidada dá um sorriso irônico e arrogante ao advogado.
- Estranho... Muitos homens me cantam, mas você me passa algo de insatisfatório. – Põe a mão sobre o queixo e sorri descendo o olhar gelado pelo corpo do advogado – É isso. Você me passa frustração sexual. Sendo casado, imagino que deva ser do casamento.
- Saia comigo e vera o quanto está enganada – Carlos sorri altivo.
Luiza continua como se não o tivesse ouvido.
- Com a mulher ma-ra-vi-lho-sa que tem em casa, imagino que ela o esteja recusando. É isso Carlos? Sua esposa não o quer mais? Não consegue satisfazê-la?
- Você não sabe nada de minha vida pessoal. A situação aqui é entre nós. – Carlos fica serio.
- Não existe nós Carlos. Existe você, e sinceramente está me causando pena. Vá para casa e tente convencer sua esposa que ainda tem um bom pinto em funcionamento. Não corra atrás do impossível. – Arrogante Luiza abre a porta e o encara fria. – vamos fingir que este momento não aconteceu.
Carlos não quer dar fim ao embate entre eles. A presença da morena o motivava e não queria perder isso.
- Olha pode ate ter razão. Meu casamento não anda muito bem. Vamos sair como amigos... Nada mais que isso. Podemos somente conversar.
- Não sou psicóloga Carlos. Seus problemas não me interessam. Não estou aberta a amizades. Não gosto de homens. Fui clara? Agora adeus – E aponta a saída.
Carlos abre a boca, mudo, varias vezes sem achar um motivo para permanecer na sala. Passa por Luiza apressadamente e se retira indignado da clinica.
‘Santa paciência. Eu mereço. E depois ainda perguntam por que cada dia mais aumenta o numero de lésbicas no mundo. ’

"Espere o melhor, prepare-se para o pior e recebe o que vier".
(Provérbio chinês)

10 comentários:

  1. ual...
    isso é que chamar de OH FORA..haha
    adorei a atitude de Lu para com o carlos..ele merecia até mt mais...
    ela foi boazinha..rsrs
    ta lindo demais..cada vez melhor...
    parabens moça...
    bjao

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  2. Sensacional, mistery.

    Parabéns.

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  3. Oi Mistery, vc sempre MARAVILHOSA( não me leve e mal Bruna). Luiza deu uma lição em Carlos bem dada.

    Contos os dias, as horas e os minutos, pra ver um novo capitulo.

    Beijos no seu coração!

    Não vejo a hora do proximo.......

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  4. Lindo amor!! Vc é MARAVILHOSAAAAA
    Te amo demais

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  5. Gi.

    Poxa! Está otíma a história! Estou acompanhando desde o início!

    Parabéns.

    Espero q a Lisa fique com a Lu! (Ainnnnnnnnnnn mal posso esperar pro outro capítulo!)

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  6. Nossa que fora, adorei.
    A historia ta otima.

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  7. não creiooooo
    faz alguns dias que leio esse conto!!!
    e juraaava que tinha final já!!!
    tava toda empolgaaaada!!!
    eeeee...
    qse chorei qdo me deparei com o ultimo post aqui!!!
    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah eu qro mais!!!
    eu preciso de maaaaaaaaaaaais!!!
    please please!!!
    rs
    acredita que até já sonhei com as personagens!?
    noooossa to ficando louca já kkkk
    posta loooogoooooooooooooooooooooo
    senão fico doida hein!!!kkk
    bjokaxxx
    mto mto mto bem escrito o conto!!!
    to amando mesmo!!!
    e anciozérrima pela continuação!!!

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  8. áhhhh...
    cade vc?
    sumiu em?
    posta mais vai...
    preciso ler...
    bom fim de semana...
    e FELIZ DIA DAS CRIANÇAS ANTECIPADO...
    PQ TODOS NÓS TEMOS UMA CRIANÇA INTERIOR..RSRS
    BEIJAO

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  9. Bru..
    Lê meu livro?
    Quero mandar pra vc via email.

    pablo.torrens@hotmail.com

    abraços

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