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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Capítulo XV

- Lu, você me liga quando chegar?
- Já disse que sim Lisa!
- E vê se não come porcarias no avião.
- Lisa!
- Tá, tá! – Lisa a olha cautelosa – Mas tome cuidado, por favor.
Luiza se vira impaciente para a loira
- Lisa, não serei eu que estarei pilotando o avião.
- Credo Lu, só estou preocupada com você!
- Agradeço preciosa namorada, mas agora tenho que ir que já estão chamando para embarcar.
Luiza dá um rápido beijo no rosto de Lisa e caminha em direção ao embarque.
Lisa a vê se distanciar se sentindo perdida no meio a multidão. Ao vê-la desaparecer com um aceno sente o coração bater diferente e uma saudade começa a se fazer presente. Estava mesmo apegada a Luiza e a segurança que esta lhe passava.
Ao chegar ao quarto de hotel repara a cama desfeita e relembra os momentos de amor vividos pela manha. Suspira profundamente e deita abraçando o travesseiro que Luiza usara. ‘ Ai Lu, que saudade, que vazio estou sentindo... ’
O telefone toca lhe tirando dos devaneios.
- Oi?
- Filha?
- Hei mãe, tudo bem?
- Está sim. Liguei para saber se vem para o almoço. Luiza já viajou?
- Já sim mãe. Acabo de chegar do aeroporto. E vou almoçar ai sim.
- Lisa... filha. Por que não passa a semana aqui em casa? Seu antigo quarto está sempre aqui para você.
- Mãe... eu adoraria. Alias, eu já ia pro almoço levando a mala.
- Folgada!!!
Lisa ri deliciada.
- Apenas uma filha com saudades da comida da mamãe, dona Paula.
- Me engane que eu adoro! Então te espero.
- Ok mãe.
- Lisa?
Lisa já ia desligar quando ouve a mãe chamá-la
- Oi?
- Você... está bem?
- Sim, mãe... eu estou bem. Eu te amo viu.
- Também te amo. Te espero então. Beijos.
- Beijos.
Lisa desliga o telefone e volta a se deitar na cama perdida em seus pensamentos. Começa se lembrar cada minuto passado com Luiza, sua certeza que as duas ficariam juntas, suas palavras finais. Vira-se de frente e olha para o teto. ‘ Será que ela realmente acredita que ainda sinto algo por Joyce? Eu não acredito nisso. ’ Imediatamente a imagem de Joyce lhe vem a mente. ‘ Ela está linda... Impressionante como a idade só lhe realçava ainda mais a beleza. Levanta-se e olha no espelho. Trinta e um anos. Como o tempo passava rápido. ‘ Não me sinto com trinta e um’. Balança a cabeça e começa a separar sua roupa. ‘ Vamos ocupar a mente com coisas saudáveis’

Mariana bate a campainha ansiosa. ‘ Que demora!’
- Mariana! Que bom vê-la! Porque será que não me sinto surpresa com sua visita?
- Ah madrinha não zoa. – Dá um beijo no rosto de Paula e adentra a sala olhando para os lados. – Cadê Lisa?
Paula fecha a porta tranquilamente.
- Ainda não chegou querida. Foi acompanhar Luiza no aeroporto. Não deve demorar.
- Ah... ok – Mari tenta não demonstrar a decepção na voz.
- Vai almoçar aqui Mari?
- Se não se importar madrinha. Lá em casa tá o maior clima.
- Uai, que aconteceu?
Mariana se senta à mesa e observa a movimentação de Paula pela cozinha.
- Carlos e minha mãe estão às turras. Tá sobrando até pra mim.
Paula a olha cautelosa.
- É por causa... da festa de ontem?
- Sei lá madrinha! Ou sei, melhor, deduzo. O Carlos é o maior preconceituoso. Igual minha mãe. Ficou puto porque a tal de Luiza não gosta de homem.
- Hei menina olha a boca! Mas você tem certeza disso? Impossível Mari, ele adora sua mãe.
- Ah, madrinha pode ate adorar, mas bem que olha as mulheres. Ele se acha a última bolacha do pacote, entende?
- Ah... acho que entendo. – Paula desvia o olhar. ‘ Esse linguajar da juventude é irritante’
- Bem, espero que se entendam.
- Eu também... de boa. – Mariana olha Paula cautelosa – Er... madrinha, posso fazer uma pergunta?
- Pode Mariana, jogue a bomba.
- A Lisa... e aquela mulher... elas... bom... elas são... er... elas...
- Namoradas?
Mariana só consegue menear a cabeça numa afirmativa
- Sim são Mari. – Paula para o que estava fazendo e olha para a afilhada – isso te incomoda?
- NÃO... Sim... eu... ah madrinha, eu não sei o que sinto ou penso. Sei que não ligo da Lisa ser... lésbica, mas saber que ela namora... eu não gosto entende?
- Não.
Mariana a olha perdida. Como explicar a madrinha que não gosta de pensar em Lisa com ninguém? Seja mulher, seja homem, o que for, sente o coração se oprimir de angustia ao ver Lisa sorrir para outras pessoas.
- Eu... Ah deixa pra lá. O padrinho tá ai?
- No quintal.
- Vou lá ver ele.
Paula observa a jovem sair da cozinha. Enxuga as mãos no pano de prato e senta pensativa na mesa.
- Alguém em casa?
- Lisa! Abraça a filha que adentrava a cozinha.
Lisa, sorrindo, ergue a chave que tinha na mão.
- Ainda serve.
- Sempre minha filha. Paula sorri – seu quarto continua no mesmo lugar.
- Ok, vou lá colocar a mala. Cheirinho bom mãe!
Lisa sorri ao entrar no antigo quarto. Tudo parecia igual. Põe a mala no chão e se senta na cama passando a mão ligeiramente sobre o lençol. Era muito bom estar em casa.
- LISA!
Lisa olha para trás e vê Mari na porta. A luz que vinha por trás da jovem a ilumina, dando-lhe uma aparência etérea, suave e delicada. Sente o coração bater mais rápido e ao olhar os belos olhos verdes volta a sentir a mesma sensação de predestinação de quando a tivera nos braços pela primeira vez. Balança a cabeça veementemente sem entender o que sentia e se ergue para receber o abraço caloroso da jovem.
- Deixe-me olhar melhor para você agora Mari! Ontem na festa não tivemos muito tempo juntas!
Mari ri feliz e se afasta ligeiramente de Lisa para que esta pudesse olhá-la.
-Como você é linda Mari... Lisa passa a mão suavemente no rosto da jovem que fecha os olhos. Vendo-a assim o coração de Lisa se oprime. Mari era a cara de Joyce. Afasta-se e sorri um pouco tremula para a jovem.
– Você se parece muito com sua mãe.
Mari abre os olhos lentamente. Sorri e senta-se na cama.
- Todo mundo fala isso! E pior. Dizem que puxei o gênio dela também!
- Cruz credo! Vira a boca pra lá. Sua mãe tem um gênio de cão. Bom, pelo menos tinha.
- Ainda tem. Agora mesmo estava lá aos gritos com meu padrasto.
Lisa se vira preocupada para a jovem.
- Espero não ser a causa disso.
- Ai, Lisa, ate parece que eles precisam de motivos para brigar.
Lisa se senta ao lado de Mari que se acomodava melhor na cama.
- Por quê? Eles... Brigam muito?
- De uns tempos pra cá andam brigando muito sim. Não sei por que, mas andam. Mas não quero falar disso. - Mari se vira ansiosa para Lisa. – Quero é curtir muito essa semana com você!
Lisa sorri e afaga os cabelos macios de Mari.
- Teremos tempo menina! Mas agora vamos ajudar minha mãe a arrumar as coisas.

Joyce olha o tempo pela janela. ‘Nublado... Como minha vida’ Ouve um barulho e se vira vendo Carlos adentrar o ambiente tenso. Havia sido uma manha conturbada, cheia de brigas bobas e conflitos desnecessários. Sentia-se cansada.
- Cadê os meninos?
- Mamãe veio e os pegou para passar o dia com ela. E Mariana foi para a casa dos padrinhos.
Carlos se aproxima cauteloso.
- Jô, olha, eu não quero brigar... Vamos tentar passar um domingo mais tranquilo, pode ser?
Joyce o olha de lado. Ele sempre fazia parecer que as brigas ocorriam por culpa sua. Passa a mão nos cabelos num gesto de tensão e faz um afirmativo com a cabeça.
- Tudo bem.
- Poderíamos fazer um programa diferente que acha? Almoçamos fora, pegamos um cinema... Coisas diferentes.
- Tudo bem... Acho que precisamos mesmo. – Sorri fracamente para o marido.
- Ótimo. Então vou tomar um banho. Quer... me acompanhar?
- Não Carlos... eu... já tomei banho.
O marido suspira tenso e se vira saindo da sala.
Joyce volta há olhar o tempo pela janela. Sabia que estava faltando com suas obrigações de esposa com Carlos, mas não sentia a menor vontade de fazer amor. Não sentia tesão, nada. Passa a mão novamente nos cabelos. Isso tinha que mudar, tinha que mudar. Volta os pensamentos para a festa e relembra Lisa. Deus... Como ela estava maravilhosa! Tão linda! Estava mais curvilínea, a cintura ainda mais marcada e ainda assim tão delicada que parecia que ia quebrar. Relembra os olhares que trocaram no toalete e uma quentura se faz presente na virilha. ‘Merda. Preciso desse tesão por Carlos, POR CARLOS’ Bate na testa e caminha em direção ao quarto. ‘Você vai ver Lisa. Você não vai estragar meu domingo’

- Que mesa linda!!! Marcos agarra a esposa por trás que se assusta com o grito dado pelo marido.
- Eu te mato Marcos! Quantas vezes já disse parar com isso de assustar as pessoas?
- Deixe ver... Hum... Você se lembra quantas Lisa? Vira-se para a filha irônico.
Lisa gargalha. Realmente nada havia mudado por ali. Troca um olhar divertido com Mariana e responde.
- Pai, desde que me dou por gente você faz isso. Deve ser uma eternidade!
- Viu Paula? Uma eternidade. Temos ainda muito tempo.
- Você tem. – Paula aponta o dedo para o marido. – Já não sou a jovenzinha de antes. Numa dessa me mata do coração.
O rosto de Marcos fica sério. Abraça a esposa, estreitando-a bem nos braços.
- Seu coração só irá parar depois do meu. Ademais... Continuarei gritando meu amor por você. PAULA TE AMO AMORRRRRRRRRRRR!! Começa a rir e pega Lisa nos braços dançando com ela pela cozinha. ‘Amo, Paulaaaaa, como amo!!!!’
- Desisto. Paula olha sorrindo para os dois que dançavam alegremente pela cozinha. – Mariana, será que pode atender a campainha?
- Pra já madrinha.
- Que gritaria é essa Mari?
- Hei Junior, hei Ali. Quem mais pode ser senão o doido do padrinho?
- Ei Galera!!! Chegamos a tempo pro almoço? Junior entra sorrindo na cozinha puxando a esposa pela mão.
Lisa cai nos braços do irmão gargalhando.
- Claro! Mãe faz mais uma panela de arroz. Junior está em casa - Olha irônica para Paula.
- Meu Deus, esqueci que Junior vinha. Vou já fazer.
- Há há há morri de rir. Tô com fome. Vamos comer?

Já no aeroporto de São Paulo Luiza caminhava em direção ao ponto de táxi. Seus pensamentos não a deixavam em paz. Estava morrendo de medo de Lisa fazer a escolha errada. ‘ Meu Deus se arrependimento matasse eu estava morta. Não devia ter dado aquele ultimato em Lisa’
- Doutora Luiza?
- Deise? Que faz aqui menina? Como está sua mão?
As duas se abraçam educadamente.
- Já está perfeita. E as coisas lá na clinica?
- Tudo igual. Mas o que faz em SP?
- Bom... Eu... Ah eu vim fazer um teste vocal para uma banda
- Mentira! Conte isso direito.
- Bom... Tem tempo pra um cafezinho? Meu vôo só sai daqui uma hora.
- Vamos lá.
Deise já sentada frente à Luiza sorri meio divertida.
- Doutora, você sempre vai me intimidar com esse olhar.
- Bem, ele é ótimo para fazer os pacientes cumprirem o que quero. Sorri e ergue ainda mais os ombros numa pose arrogante. Deise gargalha.
- Com certeza. Bom, voltando o assunto, resolvi arriscar uma carreira de cantora. É o que curto fazer.
- Faz bem. E como foi o teste?
- Foi legal, mas não gostei muito do estilo deles não. É puxado para sertanejo e gosto mais de MPB.
- Bom logo você encontra o que quer. Mas também se não encontrar arrisque uma carreira solo.
- Pode ser... Deise mexe o café com a colherzinha. – E Lisa? Como ela está?
Luiza estreita os olhos.
- Bem... e namorando.
Deise ergue o olhar.
- Comigo Deise.
- Ah... legal. Vocês... combinam.
- Senti uma hesitação nas suas palavras?
- Ah sei lá. - Faz um gesto vago com as mãos. – É que você é tão... arrogante e Lisa tão mais suave que fica estranho entende? Nada pessoal.
- Sei... Você... Você então acha que não vai dar certo é isso?
- Que isso doutora não disse isso. Vocês que vão fazer dar certo, eu hem!
- Você teve queda por ela né Deise.
Deise olha a médica séria. Percebe nesta uma postura que não estava acostumada a ver na sua pessoa. Uma insegurança talvez.
- Olha... Luiza. Tive sim. E tentei... dormir com ela. E ela não aceitou. Até hoje não sei se a agradeço por isso ou sinto raiva. Sabe como é né. Minha estima foi a zero. E sorri mostrando descrédito com as próprias palavras.
A morena sente o coração aliviar. Cada dia sua insegurança se fazia mais presente.
- Mas Luiza posso ser sincera? – Esta volta o olhar para a jovem ruiva.
- Pode sim Deise.
- Se Lisa está com você é porque realmente gosta. Devia acreditar mais nos sentimentos dela.
- Nada é tão simples Deise. – Luiza se ergue da mesa. – Bom, tenho mesmo que ir. Foi muito bom encontrá-la. Sucesso em sua carreira.
- Tudo bem. Obrigada. Beijos Luiza.
Deise observa a médica se afastar pelo saguão. Para ela, Lisa e Luiza não combinavam. Não sabia bem dizer por que, mas a seus olhos elas não ficavam bem juntas. Mas quem entende o coração? Era incrível como um sentimento pode mudar uma pessoa. Luiza que antes lhe parecera tão arrogante agora era apenas uma mulher apaixonada que sofria por amor.
‘É Lisa... Quem diria... Você é uma destruidora de corações’

A tarde corria divertida para Mariana que sem conseguir disfarçar olhava fascinada Lisa rindo e brincando com a família. Procurava gravar cada gesto, cada sorriso.
- Mari, que tanto me encara? – Lisa lhe toca o rosto sorrindo.
- Ah, Lisa, eu adoro você. E também está tão diferente sabe. Eu tava com muita saudade.
- Ah minha linda também estava de você. Mas vamos passar um bom tempo juntas esta semana ok.
Mariana fecha a cara.
- Tai o problema Lisa. Amanha tenho aula e academia e minha mãe disse que não vou faltar. Saco. Ela sabia que eu queria estar com você e não cedeu nem um milímetro.
- Mari, olha, a gente dá um jeito ok. Mas sua mãe está certa, não deve descuidar de seus afazeres.
- Que isso Lisa! Não vai fazer diferença. Sou tão responsável com estudos que até eu tenho tédio de mim.
Lisa sorri divertida.
- Fazemos assim. Hã... vou telefonar para sua mãe e pedir que ela te libere quarta a tarde e vamos ao shopping pode ser?
- Serio?
- Seriíssimo!
- Topadíssimo!!! – Mai sorri e abraça Lisa espalhafatosa.
Lisa procura esconder o semblante preocupado de Mari. Sabia que não ir ser fácil conversar com Joyce. ‘ Ok, Lisa essa é por Mari. Força. ’

Joyce desliga o telefone e olha para Carlos.
- Os meninos vão passar a noite com minha mãe. Amanha pela manha ela os leva para casa ainda a tempo de ir pra escola.
- Viva. Isso é ótimo! E Mariana?
- Não deve chegar tarde a casa. Ademais Paula mora perto, não terá perigo.
- E a filha dela, aquela sapata, está lá?
- Olha Carlos se você vai começar a alfinetar vamos imediatamente para casa ok.
- Tudo bem, tudo bem. – Carlos ergue as mãos em sinal de rendição. – Só acho que ela não é uma boa influencia para Mariana só isso.
- E porque não? Porque curte mulheres? Olha Carlos, eu também não concordo com as escolhas dela, mas daí a dizer que é uma má pessoa é demais. Foi a família dela que esteve a meu lado quando todos me viraram a cara ok.
- Eu sei amor... olha não vamos brigar por isso ok. Mas... – lança um olhar sedutor para a esposa – que acha de então irmos para um motel? Variar um pouco, pegar uma sauna.
Joyce sente um aperto no coração. A vontade é de dizer não, gritar para ele parar de importunar ela querendo sexo, sexo, sexo.
- Eu... Claro amor... vou adorar.
- Garçom traz a conta!!
No motel Carlos a toca com desejo e volúpia. Mas os beijos molhados e o toque firme e sedutor parecem não fazer efeito sobre Joyce. ‘ Vamos Jô é seu marido, você o ama lembra?’
- Você é tão gostosa gata... tão boa. Você é linda! Sempre foi. Sou louco por você. Te amo muito morena.
Joyce fecha os olhos ao ouvir as palavras de carinho do marido. Sem o desejar sua mente vaga para o passado e ela relembra a jovem loira a lhe tocar com prazer e alegria.
‘ Você é tão linda Jô... Você é meu amor. Me ensina a te dar prazer... me mostra. ’
O corpo começa a reagir às lembranças do passado e Jô sem se aperceber começa a fantasiar com Lisa. Seu toque, seu rosto, seu corpo... Jô começa a gemer e rebolar enlouquecidamente. ‘ Vem pra mim Jô... vem’...
‘ Lisa... Meu amor... ’
- Ahhhhhhhh!!!!
O orgasmo vem forte. Carlos há acompanha um pouco depois, enlouquecido com o rosto transtornado de prazer de Joyce. Totalmente satisfeito beija o rosto da esposa, sai de dentro dela e sussurra antes de virar para o lado e dormir.
- Você foi maravilhosa Jô... há muito tempo não tínhamos uma transa tão boa.
Os olhos de Joyce se enchem de lágrimas e ela soluça baixinho.
Será que ele estaria tão feliz se soubesse que ela fizera amor com Lisa???

"Os acontecimentos fazem mais traidores do que as opiniões.”
(François-Auguste Chateaubriand)

2 comentários:

  1. Ameiiii....
    meldeosus..rsrs
    caramba..ain ain eu sou tao inexperiente
    nesse nogocio de toques, sabe
    a garota q amo é de MG e eu do PR
    e a gente nunca se tocou,
    mais a gente se ama tanto,
    q nao precisa do toque do corpo pra saber,
    mais eu queria tanto poder sentir os beijos dela, o calor de seu corpo, a respiraçao,
    mais´vai ser mt dificil ate conseguir...

    voltando ao conto,
    MARAVILHOSO...
    continua assim
    ta otimo demais

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