-
Fui trocada!!!!
-
Sheila, que bobeira!
-
Bela você agora só anda com Nádia! Nadia pra lá, Nadia pra cá. Blábláblá – E
faz careta balançando a cabeça.
-
Mas você é exagerada! – Mari estreita os olhos.
Sheila
ri
-
Ok, Ok. Adorei a menina. Meio machinha né.
Mariana
a olha chateada.
-
Que tem isso Sheila? Logo você vem me dizer isso?
-
Logo eu? – Sheila arregala propositalmente os olhos. – Nada a ver. Ela tem
jeito bofinho mesmo. Tem quem adora uai. Nada contra. Eu curto mais meninas
mais... delicadas. Alias!!! Você sacou que está andando com uma bofinha?
-
Sheila, ela... Eu a acho muito bonita.
-
E eu disse que não era amor? –Sheila ergue a sobrancelha divertida. – Cada um
tem sua beleza. Mas me conta. Você está ficando com ela?
O
rosto de Mariana se avermelha.
-
Eu... eu... não.
-
Bela! Devia saber que é feio mentir! Sua cara não nega!
Mariana
a olha com ânsia assassina.
-
Para se ser xereteira Sheila! Ok, eu fiquei com ela. Mas só uma vez.
Sheila
sorri um pouco abobada.
-
Sério?
-
Sério.
-
Er... gostou?
-
Eu... bom... foi... legal, suave.
‘Nada
parecido com a explosão dos beijos de Lisa’ Balança a cabeça a tentar espantar
os pensamentos indesejados.
-
Mas... eu... você... e... a filha de sua... madrinha?
-
Lisa?
-É...
Bela, você é louca com ela. Eu evito comentar isso com você, mas desde que...
vocês se afastaram você mudou. Está mais triste, mais distante. Está... – Olha
a amiga pensativa. De repente estala os dedos. – Morna. É isso. Você está
morna!
Mariana
a olha indignada.
-
Está me dizendo que sou uma pessoa morna? Sem graça? EU?
Sheila
a olha séria e ao mesmo tempo irônica.
-
Gente, mulher bonita é mesmo mal acostumada. VOCÊ sim senhora. Está morna.
-
Não sou morna!
-
Não disse que é. Disse que está. Parece que sua energia foi drenada.
Bela
eleva as mãos acima da cabeça.
-
Está doida! Eu nunca saí tanto em minha vida.
-
Para de se fazer de idiota Mariana. De boba você não tem nada. Olha, devia
parar com essa pose de vitima, com esse ar de... de... cu e ir à luta.
Mariana
a olha abestalhada.
-
Ar de... cu?
-
Tá... ok. Apelei. Mas poxa, você nunca foi de desistir. A Nádia é muito legal,
mas você esta usando ela como fuga para tentar esquecer Lisa.
-
Sheila, você esta começando a me irritar realmente. Nádia é minha amiga sacou!
Amiga! Indiferente de Lisa existir ou não, ela é minha amiga! Temos os mesmos
interesses, me divirto com ela. E para sua informação, ela sabe de Lisa.
-
Beleza, e eu já era então.
Mariana
a olha aborrecida.
-
Não enche Sheila. Você é minha amiga. Não posso ter mais de uma amiga?
-
Tá... Tá.. pode. Mas não ilude a menina. E vai atrás da sua felicidade.
-
Que felicidade? Me diz! A... mulher me virou as costas. Dormiu com minha mãe
pô! Eu... ela me enganou!
-
Qual é bela. Você era pirralha quando elas tiveram juntas. É passado dela, não
tem que te contar. Só te interessa o presente. Aliás nem isso, se pensar que
vocês nunca foram namoradas.
-
Mas ela sabia o que eu sentia.
-
E daí! Isso só mostra que ela adorava ter você perto, adorava ter seu amor.
-
Amor não correspondido. Belo presente. Olha, quero é ser feliz. Achar alguém
que não tenha vergonha de mim, de meu amor. Que o aceite plenamente.
-
Uma pessoa... morna?
Mariana
olha brava.
-
Quer saber Sheila. Vá à merda. Eu não vou atrás de quem nunca me quis. Cansei
de ser idiota. Que a Lisa se dane.
-
Beleza então.
-
Ela não me merece. Não merece meu amor.
-
Beleza então.
-
Ela me usou. Me usou!
-
Beleza então.
-
Não me irrita!!!!!
-
Ok...
Lisa
olha a documentação na sua mão, sem conseguir interpretar nada que estava
escrito. Sua mente há dias não parava de pensar nas palavras de Joyce. E não
parava de pensar em Mari. Esfrega a testa tensa. Em toda a sua vida nunca
lutara realmente por alguém. Teria coragem de lutar por Mariana?
Ergue-se
tensa. Mas como? Ela era tão... nova. Tão linda, paquerada. Fecha os olhos e
suspira enlevada ao lembrar o belo rosto, o brilho dos olhos verdes. A boca
carnuda, saborosa... que deve estar sendo saboreada por outros lábios que não o
seus. Abre os olhos repentinamente. A jovem morena cheia de intimidades. Será
que ela... usufruía dos lábios de Bela? De Mariana? DE MARI?
Dá
um tapa na parede com a mão espalmada. Geme com a dor. Uma dor nada comparada
com a que sente no coração. Enquanto fica pensando se deve ou não procurar
Mari, ela pode estar se envolvendo com outra pessoa. Ficando, namorando...
beijando... transando.
-
NÃO! Mato ela!
Põe
a mão sobre a boca ao ver que gritou e olha a porta fechada cautelosa.
‘Merda
Lisa, os dias na Índia não te ajudaram tanto quanto imaginava. ’
Senta-se
na mesa e pega uma caneta e uma folha em branco.
-
Vamos lá Lisa, vamos planejar o plano. Como reconquistar Mariana.
Meia
hora depois olhava desolada a folha vazia. Irritada a amassa e joga no lixo.
-
Ok, vai no improviso mesmo.
Levanta-se
decidida e pega a bolsa. Estava na hora de agir.
As
ruas do campus estavam praticamente vazias. Ainda era horário de aula. Ansiosa
Lisa se senta no banco em frente ao prédio onde Mariana estudava. É agora ou
nunca. Tremula abaixa a cabeça e começa um exercício mental que aprendera para
controlar a ansiedade.
-
Lisa?
Levanta
a cabeça nervosa. Franze a sobrancelha ao ver uma jovem simpática a sua frente.
-
Hum... olá – Sorri agradável – É a amiga de Mari não é?
-
Sim... Sheila. – Sorrindo a jovem se senta a seu lado. Observa Lisa olhar
ansiosa a saída de alunos do prédio.
-
Mariana ainda está na sala. Minha turma que saiu mais cedo.
Devagar
Lisa volta o olhar a ela.
-
Visível minha ansiedade né.
-
Sim. Mas acho legal vê-la por aqui. Significa que quer voltar às boas com a
Bela.
Lisa
estreita os olhos. A jovem parecia saber de tudo, pois a olhava com um olhar
cúmplice.
-
Verdade... é isso mesmo que quero... Sheila.
-
Pois é... – Sheila esfrega o tênis no passeio – Também acho que você não deve
se deixar vencer por uma... possível resistência dela. – A olha de lado.
-
Não... não devo. – Lisa a encara fixo.
-
E... lembrar que ela te ama, mas é uma orgulhosa.
Lisa
se vira para a jovem
-
Está me dando toques de como lidar com Mari?
-
Isso ai. Olha, a Bela tem um gênio horrível e hoje está hiper, mega mal
humorada.
Lisa
volta a olhar para a portaria do prédio.
-
Uau, você me ajudou bastante nessa. Acha... que devo voltar outro dia?
-
NÃO!
Lisa
a olha surpresa.
-
Quer dizer... eu não disse isso para você desistir. Só... queria prevenir.
-
Vai ser difícil.
-
Nada que vem fácil tem valor.
Lisa
olha a jovem um pouco divertida.
-
Com certeza.
Sheila
a olha sorrindo.
-
Você é legal. Eu... achei que ia me intimidar, mas... tá tranquilo.
-
Fala isso por causa de minha idade?
-
Também... mas isso é o de menos. Acho mais que é sua postura. Gostei de
perceber que foi só impressão. – Sheila se ergue, ajeitando melhor a
mochila no ombro. – Bom, foi legal ver você. Por mais que eu queria estar aqui
para ver esse histórico encontro, sei que sou demais no momento.
Lisa
esfrega a testa.
-
Deseje-me sorte.
-
Sorte Lisa. Tchau.
Mas
Lisa nem percebe a despedida da jovem. Angustiada observa a saída dos alunos.
De
repente a bela morena surge, abraçada aos livros, cabisbaixa e sozinha. Os
colegas passam por ela e se despedem, recebendo um suave sorriso como resposta.
Lisa se ergue tremula.
Mariana
caminha pensativa. A palavra morna de Sheila não saia de sua cabeça. Joga a
longa cabeleira para trás e tenta erguer a cabeça. Morna o cacete!
Chocada, para repentinamente. Lisa! Lisa?? Que Lisa fazia ali, no campus da
UFMG? Fecha os olhos nervosa. É uma ilusão. Mas quando os abre, percebe que a
ilusão permanecia ali, a esfregar os braços, em clara demonstração de
nervosismo. Uma onda de sentimentos contraditórios explode em seu interior.
Vontade de sair correndo, ignorar sua presença. E uma vontade louca de jogar os
livros para o alto e se jogar em seus braços. Devagar volta a caminhar
percebendo que Lisa estava de branco, dando-lhe a certeza que viera direto da
clinica.
Para
a sua frente. Estava mais alta que ela graças à sandália de salto que usava.
-
Mari...
Mariana
engole em seco. ‘Nada de emoções. Seja dura!’
-
Lisa... – A voz sai tremula. O olhar desce ansioso para os lábios da loira. Que
vontade meu Deus!
Em
sua tensão Lisa não percebe a emoção da outra.
-
Mari... Mariana... eu... nós... precisamos conversar.
Mariana
abre a boca para responder, mas Lisa ergue a mão a interrompendo.
-
Mari, não diga não! Por favor, me dê esta chance de esclarecer, explicar.
Eu... se depois quiser embora tudo bem, mas... vamos conversar.
-
Eu ia dizer tudo bem Lisa.
Lisa
a olha sem ação.
-
Ia?
-
Ia.
A
loira esfrega a testa. Mariana observa o gesto sentindo o coração se imundar de
um amor imenso, puro e verdadeiro. ‘Merda Mariana. Não deixe a emoção tomar
conta de você. ’
-
Bom... eu... fico feliz. - Olha para os lados. – Você está de... carro?
-
Não.
-
Bom... então vem comigo? Podemos conversar num barzinho que conheço ali no
Jaraguá.
-
Lisa... eu prefiro que a gente sente debaixo de uma árvore na lagoa. Tem um
local que é bem tranquilo e tem bastante movimento.
-
Claro! Tudo bem. Eu... vamos então?
-
Beleza.
Lisa
observa os portões fechados do Parque Ecológico.
-
Nunca fui nesse parque.
Mariana
acompanha seu olhar.
-
Não tem nada de interessante não.
As
duas se encontravam sentadas sobre pedaços de jornal, debaixo de uma árvore.
-
Logo vai encher de pernilongo...
-
É vai sim...
-
Tenho alergia de picadas.
-
Mesmo?
-
Pois é...
Lisa
se cala sem graça. Põe os dedos sobre a testa, mas antes de esfregá-los Mari segura
sua mão.
-
Não faz isso. Sua testa fica marcada.
Lisa
emocionada segura mão da bela morena.
-
Mari... que saudade de você. – Os olhos se enchem de lágrimas.
Mariana
estremece. Lisa a desarmava. Era tão linda... tão... perfeita. Não! Não! Era
uma covarde que abusara de seu amor.
Tensa
tira a mão da de Lisa.
-
Você... Disse que queria conversar comigo.
-
Eu... sim... eu disse. – Lisa desvia o olhar buscando esconder o sofrimento
expresso neles.
-
Mari... eu errei. Na verdade, eu... estava cega. Presa a convicções que... hoje
me parecem sem sentido.
-
Lisa, não estou entendendo nada.
-
Eu a amo.
Mariana
estremece diante das palavras tão simples ditas de forma tão direta. A boca
seca, o coração dispara.
-
Co... como?
-
Eu a amo Mari. – Lisa sente o coração se acalmar. Era tudo ou nada. - Eu a amo.
Observa
a jovem que a encara surpresa. Os olhos verdes estavam claros, maravilhosos.
Ela era linda. Abaixa a cabeça e continua a falar sem encarar Mariana.
-
Quando você nasceu eu a peguei nos braços e meu coração... parou. Me veio uma
sensação tão grande de predestinação, como se eu a conhecesse a muitos e muitos
anos. Tinha ciúmes de você com todo mundo. - Balança a cabeça um pouco
inconformada. – Chegava a ser ridículo minha possessão em relação a você. –
Ergue o olhar. – Seus olhos... eles sempre me fascinaram. Pela profundidade,
pelo brilho, mas principalmente porque eles... deixavam claro que você... viera
para mim.
-
Lisa...
-
Eu não conseguia compreender isso. Não podia. Primeiro por que... eu... amava
sua mãe. – Volta o corpo para a jovem e a encara. – Sua mãe era minha melhor
amiga, foi meu primeiro amor.
-
Não quero ouvir isso! – Mariana faz menção de levantar, mas Lisa a segura.
-
Você precisa Mari. Depois... se não quiser mais falar comigo... eu... é um direito
seu. Mas escute. Tenho que explicar isso para você entender por que... tive
dificuldades de aceitar que eu... amava você.
Mariana
se aquieta e cruza os braços. Lisa a observa por um momento e depois continua a
falar.
-
Sua mãe foi... meu primeiro amor, minha primeira... experiência sexual.
-
Obviamente você não foi a dela.
- Não... eu não fui a dela. Mari, eu amei Joyce. Com toda a força que era capaz. Mas não deu certo. Queríamos coisas diferentes.
- Não... eu não fui a dela. Mari, eu amei Joyce. Com toda a força que era capaz. Mas não deu certo. Queríamos coisas diferentes.
Observa
Mariana que a escutava agora calada.
-
Ela me deixou e eu me revoltei. Decidi que nunca mais ninguém me magoaria
assim. A partir daí eu... não me orgulho do que fui Mari.
-
Que... você fez?
-
Eu me relacionava com várias pessoas, mas não me envolvia. Sem perceber, ou
percebendo e não me importando, deixava um rastro de mágoas atrás de mim. E
culpava sua mãe sem entender que eu era a verdadeira culpada. Eram escolhas
minhas. E assim foi até que Luiza surgiu.
-
Luiza...
-
Sim, Luiza. Ela, com perseverança e determinação, me mostrou o quanto minha amargura
me destruía. Mostrou que o amor ainda estava dentro de mim. Que... somos seres
maravilhosos porque podemos amar a muitas pessoas. O conhecimento que adquiri
na Índia terminou meus ensinamentos. E então... voltei.
Olha
para Mariana séria. – Voltei sem saber que na verdade meu espírito buscava
aquela que me completava. Me preenchia. – Sorri um pouco decepcionada. – Meu
espírito sabia, mas eu... eu rejeitava a idéia de você... você ser a minha alma
companheira. – Estremece e coloca a mão sobre a boca, deixando a jovem ver
claramente a emoção em suas feições - Meu Deus Mariana, quando voltei e te vi
deitada em minha cama, linda e... e... bom... linda eu ... não acreditava. Não
podia ser você. Meu coração estava disparado, minhas mãos suavam. Você materializava
todos os meus sonhos, mas era tão... nova. Eu te vi crescer! Tentei de todas as
formas fugir desse sentimento. Todas... Mas não conseguia. Precisava de você
perto de mim, mas negava a enxergar minha ânsia de ter você perto de mim como
amor. E cada dia ficava mais difícil resistir a você, a todo o desejo que me
despertava. – A olha agoniada – O dia no sitio foi... não dava mais para
resistir. Vendo você e sua mãe juntas eu... claramente percebi que... você,
Mariana, era eu amor. Meu verdadeiro amor.
-
Precisou ver eu... e minha mãe juntas para entender isso?
-
Mari, tente entender. Não é fácil. Você é... filha de Joyce. Isso era... é...
muito louco. Difícil de aceitar.
-
Você mostrou bem isso.
-
Que podia fazer Mari?
-
Podia ter me contado a verdade. Podia ter me usado menos!
-
Usado? Nunca usei Mari! Pode falar tudo de mim, mas nunca a usei.
-
Usou sim. Usou meu amor, me faz mendigar por cada atenção sua.
-
Isso não é verdade! Eu a queria perto de mim porque me fazia bem. Eu me
sentia... feliz... bem quanto a tinha a meu lado! Nunca a usei!
Mariana
faz um gesto de descaso, tentando esconder a emoção.
-
Isso também já não vem mais ao caso.
-
Mari! –Lisa se ajoelha frente a ela. – Mari, eu a amo! Me desculpe se não soube
lidar com esses sentimentos, se demorei a aceitá-los. Mas... Eu a amo. Por
favor... não desiste de mim.
-
Você é amante de minha mãe! Não posso...
Lisa
arregala os olhos.
-
Não sou amante de sua mãe. Nunca mais fomos amantes depois que ela escolheu a
vida que queria.
-
Você a ama! –Mari deixa os olhos se encherem de lágrimas.
Lisa
fecha os olhos por um momento.
-
Sim Mari, eu a amo. Mas não como mulher. A amo como a amiga que um dia foi a
pessoa mais importante de minha vida. A pessoa que esteve comigo na infância,
adolescência. Ela sempre terá um espaço em meu coração. Mas... ela não é meu
amor. Não é a pessoa destinada a estar a meu lado por toda minha vida.
-
Eu também não sou Lisa.
-
Sim Mari, você é. Eu a amo! Por favor... não desiste de nós.
Mariana
engole em seco. A vontade que tinha era de se jogar nos braços amados.
-
Não Lisa. Eu... não quero mais este papel. Eu... você me fez sofrer como nunca
sofri na vida. Não quero isso para mim.
Lisa
fecha os olhos angustiada.
-
Eu... Tô com outra pessoa. E estou feliz.
A
loira geme angustiada e se senta sobre o jornal colocando a cabeça entre os
joelhos.
Mariana
treme ao ver sua amada em total derrota. ‘Ela merece. Só porque resolveu que me
ama, acha que tudo vai ficar bem?’
-
E... também tem minha mãe. Ela... nunca aceitaria nada entre nós.
Um
momento longo de silencio de faz entre elas. Mariana não sabia o que dizer. Os
sentimentos dentro dela estavam confusos, angustiantes. ‘Ela me ama! E eu
to destruindo tudo!’
-
Sua mãe aceita. Ela me procurou. – Mariana a olha alarmada. Lisa a encara, os
olhos escuros e sem vida. – Disse te amar demais e que sempre percebeu este
sentimento especial entre nós, mas não aceitava. Mas que... eu devia procurá-la
e me declarar, por que... por que... você merecia saber disso.
Suspirando
se ergue do chão.
-
Melhor irmos então... já esta escurecendo. Vou te levar para casa.
Mariana
a encara decepcionada e angustiada. Tudo terminava assim?
-
Me conta direito isso de minha mãe.
-
Já disse. Eu... vamos embora Mariana. Eu... preciso ficar sozinha.
-
Eu... Lisa.
Mas
a loira já caminhava em direção ao carro. Suspirando se ergue e vai atrás dela.
-
Li, olha se não se importa prefiro... ir embora sozinha.
Lisa
a olha triste.
-
Não vou fazer nada Mari. Deixe-me levá-la em casa.
-
Eu... não vou para casa.
Lisa
suspira. ‘ Ela vai se encontrar com a namorada’
Abre
a porta do carro trêmula, as emoções a flor da pele. Mariana pega seus
materiais sobre o banco.
-
Tudo bem então... bom... adeus.
Mariana
sente um nó na garganta.
-
Até logo Lisa.
Observa
o carro se afastar. Angustiada pega o telefone.
-
Nadia. Você está em casa? A gente... pode se encontrar na pracinha? Daqui uma
hora. Eu... preciso de uns conselhos seus. Ok... Obrigada.
Desliga
o telefone e caminha em direção a um ponto de taxi. Seu sonho se realizara e
ela simplesmente a mandara passear. Estava feliz? Não! Estava exultante? Não!
Estava era doendo muito. ‘Que eu fiz? Porque eu fiz isso?’
-
Deixe entender. Ela se declarou e você a mandou passear?
-
Ela... me fez sofrer muito Nádia.
-
Mariana! – Nádia ergue as mãos para o céu – Olha para você agora! Você acha que
está o que? Pulando de alegria? Você está sofrendo muito mais que antes. Porque
você a mandou embora!
-
Ela foi amante de minha mãe!
-
Foi! Passado. Você era criança na época. Queria que ela amasse uma criança como
mulher? Poxa, ela teve que vencer altas barreiras emocionais para procurar
você, se declarar para você. E você a manda embora? Você chora por ela, clama
por ela e a manda embora?
-
Você não entende! E meu orgulho? Ela me usou!
-
Usou nada! Ela só não entendia que já te amava como mulher e queria você o
tempo todo com ela. E orgulho o escambou. Orgulho não trás felicidade. Só merda
a felicidade.
-
Você diz isso porque nunca passou o que passei.
-
Você não é a única que sofre Mariana. Menina, você tem a oportunidade de ter a
seu lado a mulher que ama e... joga fora? Sinceramente, não entendo mesmo. O
que eu não daria para ter esta chance!
-
Eu... não quero sofrer mais.
Nádia
a olha com pesar.
-
Bom amiga, lamento, mas você está sofrendo. E vai sofrer muito mais quando
perceber que teve uma segunda oportunidade de ser feliz e jogou fora.
Mariana
abaixa a cabeça. Será que tomara a atitude errada? Olha a amiga angustiada.
Gemendo a abraça forte. E chora.
Lisa
joga a bolsa sobre a cama em desespero. Mariana não a queria mais...
Geme
e se deita cobrindo os olhos com os braços.
-
Ela não me quer mais...
‘Lisa
nunca precisou lutar por alguém senão ela mesma...
...fez
o que sempre foi boa. Fugiu. ’
As
palavras de sua mãe soam em seus ouvidos. Lutar... não desistir. Ergue o corpo
sobre a cama. Nunca desistir.
-
Eu não vou desistir de você Mariana! Eu não vou desistir de você!
Quando se ama não é preciso entender
o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
ae mistery postou ate q fim
ResponderExcluirmaravilhosa como sempre
bjs
Que droga, essa pivete da Mari me fez raiva agora! Huahua
ResponderExcluirQuanto orgulho nesse coraçãozinho! Huahaha
Ansiosa pelo desenrolar, por favor, não mate ninguem!
Beijo.
Vã
com essa, é a quinta vez que choro nessa historia hauhuhsuhs. #chorona
ResponderExcluirDorgas, agora a Mari fica fazendo cu doce u.u
"Ansiosa pelo desenrolar, por favor, não mate ninguem!"²
=*
Amei o capitulo Mistery.
ResponderExcluirMari fez muito bem em não cair direto nos braços da Lise apesar de ficar com o coração na mão quando Lisa levou um fora, mas ela precisa aprender a lutar pelo amor da vida dela.
Beijo Mistery.
Escrevendo melhor a cada dia.
ain ain..
ResponderExcluirjá ando chorona..
agora desabei..=/
foi tao lindo a Li se
declarar..
mas é complicado..
elaie..
muito bom Mistery..
abraços
O orgulho é foda....
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