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terça-feira, 9 de março de 2010

Terceira parte – Perdão Capítulo I



Terceira parte – O Perdão


 Capítulo I

Joice suspira cansada. “Maldito trânsito caótico. Isso não é coisa de Deus!”
- Seu filho da puta desgraçado!!!!!! Volta pra autoescola!!! Grita ao ter seu carro fechado por outro carro cujo motorista simplesmente põe o dedo pra fora e lhe manda a merda.
- Eu mereço... eu mereço... EU MEREÇO!!!!!
- Mãezinha... respira fundo.
Joyce olha o filho pelo espelho retrovisor.
- Tô respirando – Puxa o ar quase com violência.
- Mãe... o filho da puta desgraçado tá do seu lado - o outro gêmeo aponta o vidro a sua esquerda.
Joyce abre o vidro indignada.
- Como ousa mostrar o dedo com meus filhos vendo???? Quem pensa que é seu polha??? Além de dirigir mal ainda vem ensinar coisas erradas a crianças??
- Eu??? Eu dona? Você que é uma desbocada! Acha mesmo que não ouvi o que disse? Melhor calar essa matraca ou vou te dar uns bons tapas!
- Ah é??? AH É??? Então vem desgraçado!
Joyce puxa o freio de mão e sai do carro enfurecida.
- Tá louca dona??? Você só pode ser louca! Quero ver o dia que um Mané te der um tiro na cara. Ai você vai ver. – E arranca o carro quase passando por cima do pé de Jô.
Joyce volta pro carro vermelha.
- Mãe...
- Uma palavra sobre isso lá em casa e vocês nem ciscarão perto da televisão entendido?
Os gêmeos recostam no banco do carro com olhos arregalados e silenciam. ‘ O louco que mexo com mamãe desse jeito!’
Joyce suspira tentando se acalmar. Nem mesmo ela entendia porque andava tão nervosa estes dias. Tudo estava bem em casa, no trabalho, com Juliana. Sua vida corria tranquila. No entanto sentia uma inquietação inexplicável dentro de si.
‘ Respira Jô. Está tudo bem... tudo bem’
- Porraaaaa, de transito de merda!!!! Envia a mão na buzina e olha os filhos enfurecida pelo espelho retrovisor.
- E ai de vocês se falarem qualquer palavrão lá em casa ou em qualquer lugar! Vou lavar suas bocas com sabão, entendido!
Os gêmeos só fazem um gesto afirmativo com a cabeça. Vendo que a mãe volta a atenção ao transito, Luiz sussurra baixinho no ouvido do irmão.
- Putz! Imagina só o tanto de sabão que a vó gastou com a mãe...


Mariana caminha distraída pelo campus da faculdade. Passa a mão nos belos cabelos negros e olha o céu. ‘ Lindo dia... canseira’
- Ihuuuu!!!
Mari grita ao sentir mãos em sua cintura e o grito perto do ouvido.
- Deus meu!!!! Droga Sheila, precisa me assustar desse jeito?
- Claro amore mio. Adoro sua carinha de susto
Beija o lindo rosto moreno.
- Porque estava tão pensativa?
 Mari olha amiga pensativa.
- Não sei... sabe quando você acorda com a certeza que algo muito drástico vai acontecer em sua vida que vai mudá-la para sempre?
- Sinceramente... não sei.  E ri divertida. – Mas se acontecer firmeza. Olha miguxa, hoje a turma vai sair à noite naquele barzinho que abriram na Contorno. Quer ir?
- O GLS?
- Isso aí.
- Sheila... – Mari para e se vira para a amiga – Você não tem medo que as pessoas comentem de você?  Você dá muito na cara suas preferências.
- Mari... – Sheila a olha agora seria. – Eu não preciso dar satisfação à sociedade, na boa. Vou vivendo minha vida sem me meter com quem me hostiliza. E vou levando tranquilo. Mas é um barzinho legal. Você vai adorar. Vai eu, a Carlinha, o Edson e Thiago.
- Credo ainda vou fazer vela?? Me poupa amiga.
- Mari, você já se olhou no espelho??? Nunca fará vela. Vai chover mulher para você lá.
- E quem disse que quero mulher?
- Amore, quando provar o sabor de uma mulher nunca mais vai querer... a outra coisa.
‘ Lisa... ’
- Mari?? Mari?
Mari desperta de seu pensamento e vê a mão da amiga abanar a sua frente.
- Ei, você viajou legal hem? Pensou em quem?
- Porque acha que pensei em alguém?
- Seu olhar amiga... Ficou tão... doce... iluminado... quem é?
- Na verdade pensei na filha de minha madrinha... adoro ela. – Olha a amiga de lado – ela é lésbica.
Sheila a olha em silencio. Sorri levemente, coloca o braço sobre o da amiga e volta a caminhar.
- Legal... se foi ela que fez você aprender a ver todas as pessoas, respeitando-as em suas diferenças, ela já tem meu bem querer.
As amigas caminham em silencio. Sheila olha Mari discretamente. Nunca esqueceria o dia que Mari conversara com ela a primeira vez.
Na época ela, mais uma vez, tentava ignorar a maledicência de um grupo da sala que adorava provocá-la. Era fim da aula de informática e a maioria dos alunos já haviam se retirado.

- Aê garota, você até que é gatinha. O que te falta é um bom pinto sabia?
- Usa cueca machinha? Vamos bater uma queda de braço?
- Nem ousa olhar pra mim sua sapata! Eu curto é homem! Gente, só dela me olhar ate arrepio de nojo! Credo!
- Aê galera! Que tal a levarmos ali pro canto e mostrar pra ela um pouco do gostoso da vida?’
Sheila tentava ignorar as risadas. É nesta hora um dos rapazes a puxa pelo braço e ela finalmente reage.
- Tire a mão de mim!
- Olha só! Tá bravinha! Vai me bater é? Pois vamos ver se consegue. O rapaz a agarra, desta vez forçando seu corpo junto ao dele e esfregando seu membro nela.
- Vê... é disso que precisa. Vou te dar uma amostra.
Sheila sente o suor na testa. Todos os presentes riam e se divertiam com a cena. Já em desespero, impotente e sem conseguir se desvencilhar do rapaz escuta uma voz forte soar acima das risadas.
- Solta ela agora.
Todos se voltam para a porta. A bela, como Mariana era chamada no prédio que estudavam na UFMG, olhava indignada a postura dos jovens para com a outra colega.
- Que isso bela? Defendendo sapata agora?
- Eu disse. Solta ela.
Ainda rindo, o rapaz solta Sheila.
- Que isso! Só estávamos brincando um pouco com a Sheila. Né gatinha? E olha irônico a jovem.
Mariana se aproxima de Sheila e passa a mão por seu ombro. Lança lhe um olhar confortador e logo depois se vira para o grupo.
- Continuem com estas brincadeiras idiotas e levarei o caso à reitoria. Quero ver esse risinho ridículo na cara de cada um de vocês quando os denunciar por homofobia.
- Que isso Mari! Tá doida! Era só uma brincadeira!
- Vamos continuar a brincadeira na Reitoria uai. Vai ser legal não acha... Sheila?
Sheila olha o belo espécime feminino a sua frente. Nunca antes Mariana lhe dirigira a palavra. Era um semestre a frente dela no curso. Na verdade ela sempre a cumprimentava com uma olhar simpático, mas só.
- Eu... Bom... adoraria Mari. Acredito que todos vão curtir muito.
A muito a turma parara de rir. No começo, surpreendidos de ver o objeto de desejo dos rapazes defendendo a sapata, emudeceram. Agora já estavam assustados.
- Que isso Mariana! Nada a ver. Credo vocês não sabem levar uma brincadeira na boa.
- Cala a boca Laís. Você é uma iludida de achar que uma mulher com a Sheila ia olhar pra você.
- Não acredito! Você é sapata Mari? Laís ironiza Mariana. e se vira para os rapazes agora calados – Vai ver é por isso que ignora vocês seus babacas. Taí a resposta.
Ignorando a frase de Laís, Mari segura a mão de Sheila e juntas se retiram da sala.
Já no pátio se vira para a jovem.
- Quanto tempo isso anda acontecendo?
- Ihh! Já perdi a conta.
- Devia denunciar. Eu não ficaria calada.
- Você é lésbica?
Mariana a olha séria.
- Uma pessoa que amo muito é. E desde pequena acompanho a maldade das pessoas para com ela, inclusive dos meus pais.
Ignorando a pequena decepção que sentiu, Sheila sorri.
- Bom... pois acaba de ganhar a fama.
- Nem ligo – Mariana ri jogando os longos cabelos negros para traz. - Mas por via das duvidas e para eu não dar fora, me conta como devo me portar sendo lésbica.
Os olhos verdes brilhavam divertidos. Surgia ali o inicio de uma amizade.

Voltando o presente, Sheila observa a amiga pensativa. Nunca Mariana se importara com os boatos que surgiram depois disso. Simplesmente os ignorava. Sua beleza sempre atraia as pessoas, principalmente os rapazes que tentavam lhe chamar a atenção, mas ela, apesar de muito educada e simpática, não incentivava nenhuma aproximação. Sheila se sentia ‘a privilegiada’.
Sempre quisera saber quem era a lésbica que ela amava desde criança. Agora sabia. Na verdade sentia que havia algo muito maior ali. Tinha certeza disso. Mas Mariana era muito fechada em seus sentimentos. No momento a única certeza que tinha é que Mariana não se envolvia com ninguém, seja homem ou mulher.
Bom, se um dia ela quisesse falar mais sobre isso ela estaria ali.
- Mas e aí? Vamos ao barzinho? Prometo te defender das garras femininas que surgirem.

A noite estava linda. Juliana sorrindo passa o braço sobre o ombro da amante.
- Menina, que noite maravilhosa!
Se vira sorrindo para a morena e beija-lhe os lábios sequiosa.
- Quer dormir lá em casa? A mulher está viajando.
- Pô Ju... Sempre me pede o impossível. Sabe que hoje o Carlos vai estar em casa.
- Ai, que saco namorar mulher casada!
- Sei... até parece que você não é casada.
- Detalhes... detalhes. Sorri para a morena safada. – Adoro este barzinho. Podemos namorar a vontade aqui dentro.
- É...
Jô olha para os lados. Casais homossexuais trocavam beijos e carinhos sem constrangimento. Era maravilhoso um lugar onde podiam expressar livremente os sentimentos. Olha para a entrada onde seguranças mantinham a ordem do ambiente.
Mantinha já há quase um ano o romance com Juliana. Tudo conveniente e prazeroso. Tinha seu casamento, seus filhos e agora uma bonita mulher que lhe satisfazia o lado sexual sem expô-la a sociedade.
Olha novamente a companheira já com um sorriso safado no rosto.
- Mas nada me impede de ir a um motel... Topa?
Mas Juliana observava com grande interesse a porta do barzinho. Séria e um pouco assustada se volta para Joyce.
- Querida... ou sua filha tem uma sósia ou ela acaba de entrar.
- Como? O que disse?
Rapidamente Jô volta o olhar para a entrada do bar.  O suor brota em sua testa e começa a tremer em pânico.
- Meu Deus... Meu Deus... JU me ajuda!!! Meu Deus... é Mariana!!
- Calma Jô... respira - entrega o cardápio para a morena. – Esconde
 Tensa Joyce nem respirava.
‘ Como vou sair daqui?  Eu sabia! Sabia que algo ia acontecer! Ai aiai... me tira desta senhor’
Juliana observa a jovem morena caminhar entre as mesas e se sentar com amigos em uma mesinha mais ao fundo do restaurante de costas para elas.
- Joyce me escute. Sua filha sentou de costas para nós. Vamos deixar passar uns minutos e você sai lá para fora. Deixa que eu pago a conta.
- Ok...
Passado os minutos cutuca Jô que imediatamente se levanta meio desequilibrada e caminha rapidamente para a saída. Juliana ainda permanece alguns minutos na mesa observando melhor a filha da amante. Já a vira por fotos, mas não a imaginara tão linda pessoalmente. Parecia muito com a mãe, mas com uma energia mais calma e uma postura mais suave. Elas se pareciam muito fisicamente, mas ao mesmo tempo eram diferentes... muito diferentes. De uma forma que não sabia explicar. Levanta-se tranquila e caminha em direção ao caixa onde efetua o pagamento. Em direção a saída passa pela mesa de Mariana que a olha diretamente nos olhos. Juliana sente-se oscilar ligeiramente. Os belos olhos verdes a analisam com frieza e curiosidade.
‘ Impossível ela ter visto alguma coisa’ Olha rapidamente para trás e vê o espelho posicionado mais à lateral de onde se encontrava. Volta rapidamente o olhar à jovem que agora a olhava com o olhar ainda mais duro. ‘ Não... impossível ela ter visto’
Dirige-se rapidamente para a saída e vai ao encontro de Joyce.
- Ela viu algo??? Você acha que ela viu algo? Ju pelo amor de Deus me diz!
- Calma Jô... vamos embora – segura a amante delicadamente pelo cotovelo e a direciona em direção ao carro. – Ela esta super entretida com os amigos. Não viu nada.
As duas entram em silêncio no carro.
- Meu Deus... que sufoco!! Que desespero. Nunca imaginei Mariana ali... que sufoco Ju... Mariana se me pega eu... Pera aí!!!! – Jô se vira repentinamente para Juliana – O que Mariana faz num bar gay?????  Porque ela está lá??? Como ela esta lá???   - Passa as mãos nos cabelos. – Eu mato aquela menina!
- Joyce acalma! Você não vai matar ninguém! Você não a viu entendeu! Ela nem pode sonhar que você estava ali. Além que este bar é GLS. Para simpatizantes também. E eu vi claramente que ela acompanha os amigos e só. Não estava com ninguém ok.
Joyce sentia o coração voltar ao normal. Que sufoco!
- Nossa Ju... essa foi por pouco. Olha só – mostra as mãos – estou tremendo até agora.
Juliana sorri também mais calma. Preferia ignorar a incerteza de que Mariana as vira.
- Foi um sufoco mesmo.  você segurou bem a onda.  Mas sei onde você pode relaxar de vez.
E sorri direcionando o carro a caminho de um motel

Mariana sentia um frio inexplicável dentro de si. Ainda não conseguia acreditar no que acontecera.  Começa a tremer e segura inesperadamente a mãos da amiga
- Tudo bem Mari? Você tá fria!
- Sheila... eu... preciso embora.
- Que aconteceu???
- Olha... eu preciso embora. Desculpe.
Levanta-se e despede dos outros jovens que a olham sem nada entender. Volta o olhar para o espelho a sua frente de onde vislumbrava o ambiente rústico do bar, inclusive a mesa antes ocupada por duas belas mulheres. Uma delas a sua mãe.
Caminha meio cega pelas mesas e acena para um taxi. Queria dormir... Ignorar o que vira. Mas sabia ser impossível. Sua mente borbulhava. Angustiada sente a garganta se fechar e aperta os olhos fortemente.
‘ Meu Deus... Minha mãe é lésbica!’

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."
Clarice Lispector

14 comentários:

  1. AHHH Diva você voltou *-*' Post M A R A V I L H O S O ! Não mais maravilhosa que você é claro rs Não desapareça assim, beijos e até breve (espero)

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  2. adorei o post! Estava com saudades do seu conto!!! Espero que não demore mto o próximo capítulo!!! bjos
    Bebel

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  3. Que bom q tu esta encaminhado o suficiente para dar seguimento a historia. Boa sorte pra vcs nessa nova etapa da vida e q tu consigas reorganizar os proximos capitulos na tua cabeça, ja q nao podes mais contar com o comp... Beijos.

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  4. Mistery, que saudades de vc da Lisa, Mari e companhia. rsrsrs
    Adorei o novo capitulo e estou ansiosa pelos próximos.
    Não nos abandone pro tanto tempo.
    Beijão.

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  5. aaaaeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...
    até q enfim..rsrs
    maravilhoso mistery!!
    esplêndido!!
    magnifico!!
    demais!!
    demorou mais veio com tudo!!
    ..
    parabéns mais uma vez..
    ..
    bjs

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  6. Misteryyyyyy de volta a ativa =D ebaaaa...

    Muito bom o texto,voltou com tudo heimm...

    Parabenss Moça bjosss..

    Tay CMS xD

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  7. *.*

    êêêêêêêê

    vc voltou, q bom, e com um capitulo espetacular, estava com saudades de suas palavras.

    bjin.

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  8. Putzz..
    Qe bom qe vc voltouu!!
    Ameiii o Postt!!!
    Continueeeeee postandoo..

    bjO

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  9. Quando vc volta a escrever?
    espero que volte logo!
    Adorei seu conte

    beijoo

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  10. Huauuu adorei perfeito só não mata
    agente de ansiedade bela eu fico me descabelando
    de ansiedade esperando o próximo post adorei
    parabéns pelo talento.
    Beijos!!

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  11. muito bom nao demora a postar nao eu adoro seu conto
    obs;MANDA UM BJO A BRU E PEDE A ELA POR FAVOR QUE COLOQUE MAIS CONTOS
    conheci vc atraves do conto dela
    bjs
    muito fã

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  12. vishi...
    depois que casam não sobra tempo pras fãns..
    rsrs.
    ei meninas..
    cade as postagens..
    nem aki nem no da bru...
    poxa..
    nao somem nao..
    sei q quando se casam, qrem ficar grudadinhas..
    e esqcer do resto..
    mais poxa já nós deixaram ansiosas demais..
    super bj..

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  13. po cade o resto do conto?
    to muito ansciosa
    e com saudade!
    bjs

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